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O Mundo está a Mudar, haja Esperança

Avatar do autor Jota.Coelho, 28.09.24

O Mundo a Despertar contra a Destruição

À vista de uma catástrofe financeira largamente anunciada, o Ocidente aproxima-se de um abismo de profundidade e de contornos ainda por determinar, mas que não será seguramente coisa ligeira. O desfecho que se pode antever da contenda que se trava entre o sistema imperialista ocidental e o resto do mundo terá certamente uma dimensão histórica. O mundo já mudou, só não se sabe em que exacta medida.

O regresso da inflação, o poder dos poderosos traficantes da economia mundial no século XXI, as intervenções da NATO, as guerras genocidas, a ascensão das políticas fascistas e o despertar do Terceiro Mundo são importantes motivos da crença numa nova ordem mundial que se configura e merece muita atenção.

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 A DERROCADA DO SISTEMA IMPERIALISTA ANGLO-AMERICANO 

O mundo já mudou, embora não se saiba ainda em que exata extensão. De todo o modo, os guerreiros do imperialismo colonial - mestres da cobiça, da agressão programada, da conquista, da opressão, da espoliação da natureza e do seu próximo, da dissimulação e da hipocrisia — já deixaram de ser o seu senhor absoluto. A guerra pôs a nu, de uma forma caricata, o gigantesco descompasso entre a força real do mundo ocidental — a nível de pujança demográfica, coesão social, disciplina, capacidade de sacrifício, produção industrial — e a sua ilimitada arrogância política, diplomática e mediática. É a sociedade do espetáculo em todo o seu esplendor e miséria. A catástrofe financeira está ao virar da esquina. A palavra a pesquisar é: derivativos. A fé no deus mercado está muito próximo de precipitar o ocidente coletivo pelo barranco dos cegos. Mas precisamente neste abismo existente entre as expetativas loucas de mando e o poder efetivo da tríade imperialista, residem ainda, seguramente, enormíssimos perigos para a paz mundial.

No final, se o pior puder ser evitado, teremos um mundo multipolar, potenciador da cooperação livre e de trocas mais equilibradas, em lugar do atual condomínio fechado ocidental, pirâmide implacável de exploração e asfixia para os povos, bem como de ruína para o conjunto da ecosfera terrestre. Deixaremos de ter jardim de um lado e selva do outro, para desgosto do inefável Sr. Borrell. O imperialismo pode ter a sua espinha quebrada, sim. Foi um longo processo histórico, que levou um pouco mais de um século a cumprir-se, com alguns retrocessos a meio do percurso.

A derrocada do sistema imperialista de dominação anglo-americana (e sionista) será um desfecho histórico de alcance extraordinário… A sociedade chegou a  este embate frontal através de persistentes políticas de não alinhamento, dando primazia às alianças ou alinhamentos sólidos de potências semiperiféricas, que viraram as costas à globalização financeira para melhor garantia da prossecução dos seus objetivos nacionais e das soberanias.

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Não é indiferente nem coincidência que estas potências ascendentes tenham tido grandes revoluções e mudanças. Foram humilhadas pelo sistema capitalista, perderam autonomia e controlo do seu planeamento estatal, mas conseguiram abrandar os efeitos do jugo opressor. Repudiaram todos esses malefícios na sua soberania ao descobrirem que sofreram a espoliação sistemática e tentativas de destruição da sua propriedade publica ao serviço das populações.

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 A China Popular mantém formalmente o desígnio de conduzir a economia e o desenvolvimento tecnológico dentro do conceito socializante ao serviço da melhoria de vida das populações. A própria Federação da Rússia poderá ver-se forçada, face à pressão exterior, a buscar rumos mais socializantes. Estamos prestes a ver para que lado cairá, desta feita, o Muro de Berlim.

Ora, perante a insistência dos E.U.A. e seus acólitos em continuarem as interferências e agressões a países que não aceitam o falacioso conceito de “mundo livre”, resulta em sansões agressivas e impiedosas por recusarem ser súbditos desse imperialismo usurário e opressivo……

 O Mecanismo Europeu de Apoio à Paz financia, naturalmente, a guerra. Orwell viu bem, premonitoriamente. Derrubado o imperialismo, a libertação do jugo do capital estará mais próxima, mas ainda assim muito distante. Só é possível com a luta firme, organizada, constante, confluente, doutrinada, estrategicamente orientada, das instituições dos trabalhadores, da inteligência livre, dos zeladores do bem público e do bem comum, das mulheres e cuidadoras, dos povos laboriosos e das grandes massas marginalizadas e oprimidas de todo o mundo.

Por Ronaldo Fonseca – 11-04-2023

Os Incêndios e a Crise do Orçamento

Avatar do autor Jota.Coelho, 28.09.24

Aprovem, chumbem, façam novo Orçamento, governem por duodécimos, abram crise, convoquem eleições — é tudo entre vós!

Senhores dirigentes políticos nacionais, não sei se os senhores se deram conta, mas na semana passada arderam 90 mil hectares daquilo a que eufemisticamente chamamos floresta — que não é floresta nenhuma, mas uma paisagem marciana de pinheiros-mansos e eucaliptos a perder de vista e que, a benefício das celuloses, os sucessivos Governos liberalizaram conscientemente. Não, não são interesses ocultos que “sobrevoam”, como disse o senhor primeiro-ministro, são interesses bem visíveis e de pés bem plantados na terra. Porque uma floresta, como bem recordamos ou ouvimos contar, é coisa diferente: são árvores frondosas e de crescimento lento, que duram gerações e resistem ao fogo, são ribeiros, linhas de água, rebanhos, pássaros, insectos, caça, vida. E aquilo é apenas silêncio, deserto, fogo, morte.

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Mas ali, todavia, vivia o quase nada que resta do mundo rural que vendemos à Europa e o tão falado interior, onde ainda resistem uns poucos corajosos e para onde se aventuraram outros — refugiados da pandemia, nómadas digitais, urbanodeprimidos, românticos e ingénuos —, tentando aprender a viver no campo e fazer agricultura de subsistência, ensaiando projectos alternativos, esforçando-se por ressuscitar aldeias moribundas, contra o isolamento, contra a burocracia, contra um mar de dificuldades, contra o AIMI da deputada Mariana Mortágua. E grande parte disso jaz agora em cinzas, centenas de casas, de fábricas, de pequenos ateliês de artesanato, lavouras domésticas, os negócios perseguidos de ALD, os incipientes pomares no meio do oceano do eucaliptal, poupanças e sonhos de toda uma vida. E vocês, senhores políticos, uma semana depois, que reflexão fazem de tudo isto? Nada de importante, nada de diferente: demita-se este ou aquele, venha mais dinheiro para a prevenção e para o combate, mais bombeiros, mais Canadairs, mais helicópteros, mais dinheiro e apagam-se os fogos. Aumentem-se as penas para os incendiários e as multas para quem não limpa os terrenos (mesmo que o custo de limpar um terreno anualmente seja o equivalente ao seu rendimento durante 10 anos e não seja descontado no IMI, porque diminuir receitas do Estado isso é que não). Mas mudar a composição da floresta, proibir a plantação de eucaliptos e pinheiros-bravos, subsidiar o plantio de árvores autóctones resistentes ao fogo nem pensar, que isso mexe com muitos interesses estabelecidos.

Expresso: 26 setembro 2024 - Miguel Sousa Tavares

 

Os Deuses não são Loucos

Avatar do autor Jota.Coelho, 26.09.24

Democracias Ocidentais – A Alienação Formatada

   Ainda temos Liberdade de pensar… mas perdemos o direito de exigir, porque as entidades públicas nos fecham as vias de acesso à reclamação. Neste cenário de sinistra escuridão, estamos a perder o direito de existir! Tudo se encaminha para o limbo da vida que nos sufoca num programa ardilosamente formatado com capacidades tenebrosas de alienação colectiva da sociedade humana.

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“Como é possível que os governos “democraticamente” eleitos nos EUA e na UE (e nos Emirados e Israel) cometam um crime contra a humanidade, como o bloqueio e sanções a países soberanos, em nome da “democracia” e do seu já apodrecido apêndice a "liberdade"?”

   Se nos debruçarmos sobre a história dos últimos sessenta anos, ficamos espantados com a quantidade de atrocidades cometidas contra povos indefesos e protagonizados pelos países ditos democráticos!

Verificamos que “os chamados “países democráticos do Ocidente” têm uma longa e abominável história de intervenções abertas ou disfarçadas contra a soberania dos povos do Oriente, África e América Latina. Um processo de expansão colonial e imperial (pilhagem e destruição) que continua de várias maneiras até hoje.”

   Um imenso aparato de propaganda na comunicação social encarrega-se de transformar a ingerência e a destruição de povos inteiros numa necessidade quase messiânica das “democracias” ocidentais. Nesta imensa teia propagandística, muitos dos cidadãos dos EUA e da EU nem se dão conta do embuste e acreditam ou presumem que vivem num sistema democrático. E nesta espécie de alucinação colectiva, perdem o sentido do humanismo, deixando de ver e ouvir o grito dos desesperados morrendo por causa de bombardeamentos genocidas.

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   Será possível que esta tremenda matança de inocentes não nos acorde da perigosa letargia da cegueira que mascara os direitos dos cidadãos?  Como será possível continuar a aceitar as criminosas intervenções dos poderosos contra os povos indefesos? Isto só pode acontecer porque os cidadãos dos países avançados ainda acreditam que vivem num sistema democrático, com governantes humanamente democratas, com direitos garantidos!

   Como não bastassem as atrocidades e destruição das guerras, vejam-se os resultados e os efeitos nefastos das Organizações ditas humanitárias dependentes da ONU, da Organização Mundial de Saúde e grupos de vários tipos, que parecem estar a favor das grandes causas humanas (contra a fome, a doença, a injustiça), mas por lá proliferam os negócios das reformas sociais e políticas nos países ditos pobres; as restrições ao desenvolvimento sustentável e ajuda à melhoria das condições de vida das populações são um embuste bem calculado para continuarem a ser roubados nos seus recursos naturais, a troco de umas migalhas repartidas dentro dum sistema que produz miséria absoluta na maior parte do planeta.

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   Todas essas ONGs e suas engenharias de reformas nunca irão alterar o sistema de exploração e expropriação, programada e alimentada para defender a propriedade privada dos poderosos, o capitalismo e o imperialismo americano, mesmo tendo que ceder ao que se chamou de "estado de bem-estar" no Ocidente, algumas migalhas em troca do silêncio e passividade; também em troca de continuar com uma exploração neocolonial criminosa da Ásia, África e América Latina, que permite continuar a acumular fortunas colossais, em nome da "democracia ocidental".

“Isso é liberdade, sem força ou verdade… é apenas uma máscara de obediência absoluta e inconsciente. Estamos acostumados a isso: as pessoas votam e vivem pelo “menos pior” porque o horizonte que deveríamos imaginar ou ver já foi destruído conscientemente. Até a ideia de progresso se mede pela quantidade de compras e vendas, nunca pela qualidade e sentido do trabalho humano - que humaniza - pelo direito à vida, a uma rica cultura coletiva, à saúde da maioria.

A verdade é que os governos dos Estados Unidos e da UE usam a palavra "liberdade" e "direitos humanos" para condenar e sancionar países soberanos e participar nos mais hediondos crimes de guerra, em nome da "democracia ocidental".

Mas esta mutilada “democracia” ocidental não pode e nunca conseguirá vencer a consciência e a dignidade dos povos que, apesar do bloqueio, diariamente sobrevivem com coragem para derrotarem o império do mal.”

Texto em Itálico: Sara Rosenberg 

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NOTA: Miguel Sousa Tavares, nem sempre assertivo nas suas intervenções, trago à colação este texto de opinião... um alerta para várias incongruências que nos vão atormentando.

Os homens devem estar loucos

(Miguel Sousa Tavares, in Expresso, 20/09/2024)

Atravessámos décadas de Guerra Fria a evitar cuidadosamente que qualquer dos lados fosse levado a sentir-se ameaçado ao ponto de perder a cabeça e carregar no botão. E agora andam a brincar com o fogo, testando até onde irá o sangue-frio e o juízo de alguém que eles próprios classificam como louco e assassino. Quem são os loucos, então?

No “Fórum TSF”, discutindo-se o envio de armas de longo alcance para Kiev, com a finalidade de serem utilizadas contra território russo, e as possíveis represálias de Moscovo a essa escalada da guerra, um ouvinte, corajosamente sentado na sua secretária, opinava, seguro, que nada havia a temer: mesmo que Putin levasse avante a sua ameaça de recorrer a armas nucleares, e se bem que o arsenal russo seja o maior do mundo, a superioridade tecnológica ocidental garantiria a vitória final.

Uma douta opinião, por muitos partilhada, mas que assenta em duas presunções, uma abusiva, a outra simplesmente idiota. A presunção abusiva é a habitual, a de que cada vez que Putin abre a boca está a ameaçar com armas nucleares. Curiosamente, nunca o fez, pelo menos explicitamente, mas são sempre os media e os dirigentes ocidentais que põem a ameaça nuclear na boca dele: ou porque lhes interessa para efeitos de propaganda ou porque acham mesmo, e temem, que essa possa ser a resposta fatal a cada novo passo do engajamento da NATO na guerra da Ucrânia.

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O que Putin disse desta vez foi que o fornecimento de mísseis de longo alcance a Kiev por parte de países membros da NATO, acompanhado da licença do seu uso contra território russo (e dos mercenários especialistas na sua manobra), equivaleria a uma declaração de guerra da NATO à Rússia, a qual “acarretaria consequências”. Sem perder tempo, essas “consequências”, tal como no passado, foram imediatamente traduzidas pela ameaça de utilização da arma nuclear. Quanto à presunção simplesmente idiota do ouvinte da TSF, ela consiste em imaginar que uma guerra nuclear na Europa, entre a NATO e a Rússia, se limitaria ao território da Ucrânia e que dela restariam vencedores e vencidos.

Clk para ver Video:

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Como é que chegámos aqui, a este patamar de insanidade geral, com os nossos governantes a acumularem passos cada vez mais próximos do caminho de uma terceira guerra mundial, sem que os povos sejam esclarecidos e consultados? Que Putin o faça com o seu povo, ninguém estranha: é um ditador. Mas, e as democracias? Ainda agora vimos o novo PM inglês, o trabalhista Keir Starmer, correr a Washington para suplicar a Biden que junte os ATACMS americanos aos Storm Shadow ingleses e aos mísseis franceses para uma tempestade de fogo sobre os céus da Rússia. Acrescentou que se trata apenas de “ajudar a Ucrânia a enfrentar o inverno” e a conseguir prosseguir a guerra em pé de igualdade.

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O louco não só quer continuar a guerra sem fim à vista como ainda acredita, ou finge acreditar, que a Ucrânia pode vencer a guerra, mesmo quando já não dispõe de soldados que queiram combater e civis que queiram continuar a viver debaixo de bombardeamentos e escombros.

Como disse o Presidente mexicano, López Obrador, a mensagem do Ocidente para Kiev continua a ser “vamos continuar a guerra, com as nossas armas e os vossos mortos”. No que à Inglaterra respeita, esta tem sido, aliás, uma política consequente e consensual: foi o antigo PM Boris Johnson quem, ao segundo mês de guerra, foi expressamente a Kiev dizer a Zelensky que não assinasse o acordo de paz com a Rússia, já negociado em Ancara, pois que era possível correr com a Rússia da Ucrânia à força, com os meios que os países da NATO poriam à sua disposição. O mesmo Boris Johnson que depois de sair de Downing Street se dedicou a correr mundo dando conferências sumptuosamente pagas para defender a continuação da guerra, onde os ucranianos combatiam em defesa das propostas e dos honorários dele…

Mais tarde, foi o secretário da Defesa americano, Lloyd Austin, quem foi a Kiev reforçar a mensagem ocidental, explicitando que o objectivo final da guerra da Ucrânia não era apenas correr com os russos de lá, mas enfraquecê-los de tal maneira que de futuro não mais se atrevessem a aventuras militares: fora de combate. 

Nesta estratégia de tudo pela guerra, nada pela paz, a Inglaterra andou sempre um passo à frente dos Estados Unidos, mas, com a surpreendente colaboração de Macron, foram conseguindo arrastar Biden, hesitando sempre primeiro, acabando por aceitar depois: conselheiros militares, partilha de informações sensíveis, sistemas de mísseis, tanques de última geração, F-16 e — é só esperar uns dias — os mísseis de longo alcance para atacar território russo. Tudo o que Zelensky tem pedido, mais tarde ou mais cedo, tem obtido. Só lhe falta, e já o lamentou, não dispor de armas nucleares — o que é uma ironia histórica, pois que, quando a Rússia deu a independência à Ucrânia, a grande preocupação ocidental foi justamente que Moscovo não deixasse para trás, em mãos ucranianas, as armas nuclea­res que ali tinha estacionadas.

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A guerra da Ucrânia, evitável desde antes do início da invasão russa, tem sido a ruína da Europa: arruinamo-nos para comprar armas aos Estados Unidos e depois fornecê-las à Ucrânia (70% delas), vimos a Alemanha, o motor económico europeu, gripar devido ao fim das importações de petróleo e gás russo com a sabotagem dos oleodutos Nordstream (onde pára o inquérito, aberto há mais de ano e meio?), pagámos a guerra com inflação, com energia mais cara, com o fim do mercado importador russo, com dez passos atrás nas políticas de descarbonização, com uma descolagem brutal na competitividade da economia europeia face às dos Estados Unidos, China ou Índia: está tudo no Relatório Draghi, só não se diz porquê. Mas, graças ao alinhamento militante de uma imprensa submissa a acrítica como nunca tinha visto, a própria palavra paz tornou-se símbolo de rendição, quando não de conivência com Putin, e até, numa curiosa inversão de valores, um sinal de falta de solidariedade com os ucranianos que já morreram e os que ainda vão morrer. Um por um, todos os que ousaram tentar ou sugerir um acordo de paz para pôr fim à guerra, foram politicamente exterminados, as suas palavras deturpadas, as suas intenções vilipendiadas: Erdogan, o ex-PM israelita, Xi Jinping, o Papa Francisco, Lula da Silva, o Presidente do México, quem quer que não professasse o credo da guerra para sempre e até à vitória final. Nunca tantos se deixaram arrebanhar tão facilmente durante tanto tempo.

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Para nos assustar e convencerem da sua razão, dizem-nos que se Putin não for contido, acabará sentado em Kiev, e não ficará por aí, como garantiu Kamala Harris. Nenhum dado, nenhum relatório de serviços secretos, nenhuma tese de observadores independentes, nenhuma análise séria e lógica confirma tal dedução, mas isso o que interessa? Mais depressa e com mais razões Putin concluirá que os mísseis de longo alcance disparados contra a Rússia não se deterão em objectivos militares ou estratégicos e rapidamente estarão a visar Moscovo ou São Petersburgo — e, aí sim, entrará em vigor a doutrina nuclear russa, que é conhecida e idêntica à das potências nucleares ocidentais. Então, o que esperam, o que querem estes loucos que nos governam? Atravessámos décadas de Guerra Fria a temer que qualquer estúpido acidente de percurso levasse alguém, de qualquer dos lados, a carregar no botão vermelho. A evitar cuidadosamente que qualquer dos lados fosse levado a sentir-se ameaçado ao ponto de perder a cabeça e carregar no botão. E agora andam a brincar com o fogo, testando até onde irá o sangue-frio e o juízo de alguém que eles próprios classificam como louco e assassino, como disse Biden. Quem são os loucos, então?

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Outra das teses da propaganda dos discípulos da NATO é a de que qualquer negociação implicaria a cedência de territórios ucranianos. Porquê? Porque Putin o disse. Disse, sim, como Zelensky disse que exigiria a devolução da Crimeia. Qualquer negociação começa assim, com posições extremadas de ambos os lados, e o papel dos negociadores é levá-los a perceber, neste caso, que um acordo no meio termo é melhor para ambos do que uma guerra sem fim.

É muito fácil estar sentado aqui, no extremo ocidental da Europa a pregar que a NATO dispare os seus mísseis e não se preocupe com as armas nucleares de Moscovo. Mas se ele estivesse numa aldeia da Ucrânia, à mercê de bombardeamentos diários, a ver a sua casa destruída, os seus familiares e vizinhos mortos e uma vida sem outro futuro pela frente, quem sabe não acabaria a desejar a vitória de Trump nas eleições americanas? “A vida é uma história contada por um idiota”, escreveu Shakespeare.

Miguel Sousa Tavares escreve de acordo com a antiga ortografia

Guerras e Ucrânia Esmiuçadas com Mestria

Avatar do autor Jota.Coelho, 27.06.24

“QUO VADIS” EUROPA?

- VOU À 3ª GUERRA MUNDIAL PARA SER CRUCIFICADA OUTRA VEZ…,

de José Luiz Costa Sousa - 1 de junho 2024

   A guerra na Ucrânia, dos EUA/ OTAN/ EU contra a Rússia, concebida, planeada e levada à execução por aquelas cabecinhas, mui dignas, pensadoras e super premeditadas, tem como objectivo principal a destruição da Rússia, usando a nação ucraniana como carne para canhão e o seu território como campo de batalha, a troco de promessas de amanhãs que cantam, amanhãs Otanárias e Unioeuropeias, cheias de euros e felicidade…

... bem, a guerra chegou a uma encruzilhada… sem outra saída que não a continuação da mesma, até haver um lado vencido e rendido e o outro vencedor.

Nesta guerra já não há lugar para saídas empatadas ou negociadas… houve sim, no início, nas conversações de paz e acordos em Minsk, abril/maio de 2022, e mais tarde em Istambul também… agora já não... o "timing" para tal passou...

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... por outro lado, os EUA e o Reino Unido proibiram então a Ucrânia de aceitar aqueles ou quaisquer outros acordos de paz futuros…

... os quais estão, seja em que termos forem, estão ilegalizados oficialmente, pasme-se, por decreto-lei forçado pelos EUA, proposto pelo próprio Presidente Zelensky e aprovado na DUMA/ Parlamento.

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NOTA 1 – Antecedentes:

1.1 - As mudanças de poder em Kiev:

A forte influência dos conselheiros militares americanos e ingleses infiltrados nas forças armadas ucranianas culminou com a “revolução laranja” (Janeiro de 2005), que instalou em Kiev um presidente pró-EUA (Viktor Yushchenko); “revolução” essa revertida pelo voto popular com a eleição de um presidente pró-Rússia (Viktor Yanokovitch), em 2010.

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A Administração Bush impôs, em 2008, na Cimeira da NATO, em Bucareste, o convite à Ucrânia e à Geórgia para aderirem à Aliança.

Viktor Yanokovitch, um presidente democraticamente eleito, foi derrubado em 2014 através de um golpe de estado orquestrado por Washington, perpetrado por grupos paramilitares neonazis, colocando no poder grupos nacionalistas ucranianos anti-russos.

1.2 - Forças separatistas pró-Rússia em Donbas, região de falantes predominantemente russos, tomaram o poder em 2014 e decidiram a sua anexação à Rússia; essas forças constituídas por milícias e forças militares armadas, afiliada às regiões de Donbas, no leste da Ucrânia, conhecidas como República Popular de Donetsk (RPD) e República Popular de Lugansk (RPL), lutam contra as Forças Armadas Ucranianas na Guerra em Donbas e na Guerra Russo-Ucraniana.

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Ambas as regiões decidiram em referendos populares, com mais de 80% dos votos, separar-se do governo de Kiev. Tanto em Donbas como na Crimeia há predominância de população de origem russa que, a partir da Guerra Civil na Ucrânia, passaram a ser hostilizadas por grupos paramilitares neonazistas ucranianos.

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1.3 - Deutsche Welle, 10-12-2019 (terça-feira). “Os presidentes, ucraniano, Volodimir Zelensky, e russo, Vladimir Putin, nesta 2ª feira, (09-12-2019) chegaram a um acordo para dar continuidade ao processo de paz no conflito separatista no leste da Ucrânia. O avanço foi anunciado durante a cúpula que reuniu ainda chefes de Estado da Alemanha e da França, em Paris. Zelensky e Putin anunciaram que se comprometeram a trabalhar para pôr fim ao conflito”...

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1.4 - Depois de diversas comunicações e propostas de cooperação pacífica com os países ocidentais, no compromisso das relações com a NATO, sempre rejeitadas pelos Estados Unidos da América e países ocidentais, no dia 21 de Fevereiro de 2022, o Presidente russo decidiu reconhecer como países independentes as autoproclamadas repúblicas de Donetsk e de Lugansk - os territórios das duas províncias ucranianas com o mesmo nome, na fronteira com a Rússia, cujas capitais estão ocupadas por forças pró-russas desde 2014.

NOTA 2 – Negociações de paz boicotadas pelos americanos:
Houve várias rodadas de negociações de paz para interromper a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022 e encerrar a Guerra Russo-Ucraniana num armistício. A primeira reunião foi realizada quatro dias após o início da invasão, em 28 de fevereiro de 2022, na Bielorrússia.

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 # Joaquim Coelho, jornalista e repórter de guerra internacional

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Desde o dia D+1 daquela guerra (25Fev2022), que os EUA decidiram que a guerra só poderá acabar com a rendição/derrota militar e política da Rússia e a vitória da OTAN/EUA. Ponto final.

As outras três entidades intervenientes na guerra, para além dos EUA, sejam, a Ucrânia, OTAN e União Europeia são nadas e ninguéns nesta questão, são simples vassalos, fornecedores de biliões de euros, materiais de guerra e vidas, isto é, de “carne para canhão”, a aumentar substancialmente a mui breve prazo, via OTAN.

E aqui reside o busílis mais sério e preocupante desta guerra: - nem os EUA/OTAN e nem a Rússia podem dar-se por vencidas ou meias vencidas nesta guerra, por razões das suas geoestratégias globais e nacionais, de credibilidade política de cada uma daquelas entidades, de pura sobrevivência dos respectivos egos políticos, e dos estatutos políticos, internacionais e nacionais que detêm ...

.... de facto, não há quaisquer saídas do tipo salvação das faces, minimamente dignas ou aceitáveis para ambas as partes, em simultâneo....  excepto, caso as duas tivessem um ataque de supremo humanismo e inteligência.... coisa inexistente, neste contexto... no lado ocidental...

... consequentemente, a guerra continuou e continua, numa marcha incessante e intensa, criminosa, genocida e inexorável, feita de chacinas e mortes de militares e civis, de parte a parte, e de destruições e reduções apocalípticas da Ucrânia a terra queimada… "levelled to the ground"...

... e tudo isto, exclusivamente, em nome da defesa da hegemonia planetária dos EUA, das suas elites (ESTAS SÃO AS VERDADEIRAS CRIMINOSAS E CAUSA DESTA GUERRA E DE TODAS AS OUTRAS, NINGUÉM MAIS) e dos seus países vassalos na Europa, e que estes detinham desde 1992, até ao emergir recente da China e da Rússia, como novas superpotências, com a sua Nova Ordem Multipolar... de que estas são patronos, mais os BRICS...

As baixas militares da guerra, só mortos, MORTOS MESMO, contam-se já pelas mais de cinco centenas de milhares do lado da Ucrânia, os números exactos desconhecem-se, por razões info e contra informacionais… são, no entanto, números de princípio do Juízo Final da Europa... tenebrosos.... OS MORTOS DO LADO DA RÚSSIA SÃO DE 7 A 10 VEZES MENOS...

Na Ucrânia, os homens que se enquadram no perfil legal de recrutáveis e, em mobilização para a guerra, mesmo sendo deficientes ligeiros, físicos ou mentais, estão a fugir em massa para países estrangeiros, ou a esconderem-se nas florestas...

... dizem que as cidades estão vazias deles, fogem de mortes certas, pois, a média actual da sobrevivência dum "novo recruta ou um novo militar morto vivo" no lado ucraniano e, nas frentes de combate, anda nas 48 horas, diz-se que até 8 horas ou menos; a média de idades dos militares ucranianos é já de 43 anos ?!!!

Os homens da Ucrânia estão desmoralizados, não acreditam na guerra e nem nos seus políticos, não querem fazer a guerra e, fogem... fogem apavorados para viverem e sobreviverem... e sabem que o País deles, a Ucrânia, já não existe... já foi e não volta... como os EUA fizeram com a Jugoslávia, o Iraque, a Líbia, a Síria, o Afeganistão, etc.... metade da população da Ucrânia já fugiu... andam por aí a monte Europa e Mundo fora em ato de agradecidas ao ocidente colectivo que está lá a ajudar a Ucrânia a ser independente, soberana e feliz, com promessas de viverem Édens na UE e na NATO....

... a Ucrânia está destruída e o resto (as grandes planícies para as agrícolas várias e outros recursos) tudo foi "comprado" pelos EUA, por períodos de mais de cem anos, a troco de armamento dos seus aliados, na sua maior parte obsoleto, e mais de empréstimos eternos... que maquiavélica e mafiosamente designam como doações, dádivas, esmolas, actos de filantropismo político-militar, genocida e assassino. 

O recrutamento de mais mancebos, sejam, novos cadáveres adiados, é feito por equipas de militares disfarçados de civis, que andam pelas ruas fora e casas dentro a “caçarem” à força, os potenciais candidatos a mortos urgentes e indispensáveis lá nas frentes de combate, em nome dos sublimes e alegados interesses e valores democráticos, americanos e ocidentais, ....

... valores estes escondidos por trás das mui laureadas e reclamadas “liberdades de incógnitas prisões político mentais”, e dos legítimos direitos de virem a ser um dia alegres habitantes, caso não sejam já dignos e heroicos cadáveres, dos grandes Países dos políticos loucos varridos e vassalos cobardes, do OTANistão e do EURO-UNIANistão.

A Ucrânia era um País independente, soberano, livre e feliz até 2014, ano do golpe de estado levado à execução pela CIA/ EUA, março 2014, em Kiev, que substituiu o governo em funções, democraticamente eleito em Set2003, por um outro escolhido pela então Embaixadora dos EUA na EU, Victória Nulland, no qual foram integrados três ministros americanos, saúde, agricultura e finanças, nacionalizados ucranianos, uma hora antes da tomada de posse.

As razões deste golpe de estado e, da clássica tomada encoberta do poder pelos EUA na Ucrânia, foram e são apenas de carácter expansionista global dos EUA/ OTAN, para que a OTAN se instalasse naquele País, ao longo dos mais de 2000 kms de fronteira comum com a Rússia, e transforme a Ucrânia numa plataforma ou base de ataque militar contra a Rússia, para a “Balkanizar”, isto é, pulverizar em micro Repúblicas a neocolonizar de imediato, ...

.... por razões de puro expansionismo territorial estratégico e, de controle político do grande e critico centro da Eurásia e, também, para exploração dos seus imensos recursos naturais, a custos pelintras ou mesmo de nadas, como é de seu uso e costume.

Entretanto, os EUA ordenaram aos seus Países vassalos na Europa, todos eles actualmente dirigidos por bandos de políticos rastejantes, puros invertebrados da coluna e do cérebro e, sem alma pátria, para se prepararem e/ou avançarem, no imediato, com os seus militares, mascarados de instrutores e assessores, para compensarem a falta de pessoal militar da Ucrânia, quase todos já mortos ou fugidos. 

Países como a França estão a mandar já para o Ucranistão, os seus mercenários e legionários, embora muitos deles sempre lá tenham estado, menos os entretanto falecidos e destes últimos, muitos estão a regressar a França, remetidos pelos russos, embalados em sacos mortuários, com as cores galesas.

Como é óbvio e, tal como já o disse, publicamente, o nosso distinto e inenarrável Almirante Gouveia e Melo, num dia em que se esqueceu do seu privilegiado cérebro em casa, chegará brevemente a vez das mães, pais, esposas, irmãs e avós de Portugal começarem a receber os seus “heróis”, amortalhados em sacos vindos lá dos “fronts” da 3ª Guerra Mundial.

Concluindo este particular da guerra, a Ucrânia precisa mais de recursos humanos para as suas frentes de combate, do que de armas ou munições, embora também precise destas, mas, sem pessoal não funcionam. 

Em termos de guerra convencional a Rússia venceu já, militarmente, a Guerra na Ucrânia, embora ela, (a Rússia) ainda tenha planos político militares em execução; estar a elaborar sobre esta questão é bater no vazio, ou seja, num cavalo que já vai longe, embora tenha ainda bastante para cavalgar.

Do lado do Ocidente colectivo, entrámos agora numa 2ª fase da guerra, que é já o seu envolvimento directo com militares combatentes no terreno, como foi dito, juntos com os moribundos ucranianos, na vala comum da Ucrânia, idos de vários países OTAN, como o estão a fazer a França, a Polónia, o Reino Unido, os países “chihuauas” do Báltico, etc… em modo bilateral, clandestino ou otanariamente comunal...

… todos estes países esperam ir lá buscar os seus quinhões, aquando da potencial divisão dos despojos de guerra, caso sejam vencedores como esperam e, sobretudo, buscam as boas graças do velho e grande democrata Tio Sam…

.... que costuma dar uns amendoins e uns chupa chupas aos mais bem-comportados deles… os que morrerem mais… em defesa da consolidação dos pergaminhos hegemónicas do mesmo Titio Sam.

Mas, o diabo está nos, “mas” …

Embora a Rússia tenha a guerra convencional controlada, esta ir-se-á arrastar ainda um ano ou algo mais e, isto porque, como é sabido a guerra nuclear destruirá a Humanidade, dito já várias vezes por Putin, por isso afirma ele, só a ela recorrerá se a tal for forçado, isto é, caso a sobrevivência, independência e soberania da Rússia, estejam em risco.

Putin está a ser forçado 24 horas por dia pelos EUA, via Ucrânia, OTAN e UE a avançar com a guerra total na Europa contra a OTAN... quer clássica, quer nuclear... diria que ambas inevitáveis já... é uma questão de tempo, muito menos do que mais... preparem-se... façam as vossas provisões... informem-se de quê e como...

A Rússia é, de longe, a potência nuclear tecnologicamente mais avançada, embora quantitativamente, esteja ela por ela com os EUA… no entanto, em princípio, será sempre a vencedora final da mesma… mas, se no fim só restarem cinzas radioactivas no mundo, de que lhe valerá?!

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No entanto, há partes do globo onde a guerra nuclear não chegará, Austrália, América do Sul, Polinésias, Antártida, etc… em contrapartida, a Europa, os EUA, a China, parte da Rússia, da Ásia e do Médio Oriente serão cinzas, por séculos vindouros.

Globalmente, na perspectiva da destruição da Rússia, China e Iraque, para garantirem o domínio e hegemonia globais, os EUA estão a fazer tudo para que, simultaneamente, entrem em guerra plena, o Médio Oriente em torno do conflito Israel/EUA contra o Irão e Palestina/Hamas, etc.…

... na Ásia, desenha-se o conflito bélico, já com armas na mão, da China e de Taiwan/EUA, aliados estes com o Japão, Coreia do Sul, Austrália, Filipinas, etc…

.... e, na Europa, a guerra da Ucrânia/OTAN/ EUA/UE… contra a Rússia… em vias de passar à fase nuclear… na sua eventual 1ª abordagem, as armas tácticas…

As elites globalistas e sionistas, cujo rosto público visível são os Bilderberg's, são os actuais e, desde há séculos, verdadeiros donos e senhores, suseranos puros, dos EUA, Reino Unido e do mundo em geral, excepto no período da guerra fria…. 

... são estas gentes as únicas culpadas e verdadeiramente responsáveis, por quase todas as guerras ocorridas desde a Revolução Francesa para cá…  em particular, as 1ª e 2ª Guerras Mundiais…

... e são eles quem está por trás de todas as malfeitorias em curso hoje no globo, que nos conduziram à 3ª Guerra Mundial, em andamento irreversível na Ucrânia, embora não o pareça ainda, mas é…

... e tudo isto, apenas e só, repete-se, para manterem o seu domínio global, via EUA, como existiu de 1992 até 2014, ano este que marcou o início dos preliminares da guerra da Ucrânia.

A grande dúvida, a grande interrogação, que se nos coloca hoje em dia, face ao estado caótico e generalizado das loucuras e cobardias totais e concretas, executadas pelas direcções políticas de quase todos os países da União Europeia, da OTAN, dos EUA e de todos os seus vassalos mundo fora, ao obedecerem hipnoticamente às ordens suicidas do Titio SAM…

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...  é o porquê do bando inquantificável de cobardes e loucos que nos desgovernam não porem em causa as ordens desse Titio Sam, e não se interrogarem sequer acerca delas, cumprem-nas cegamente e mais as narrativas infantilóides, quiçá mongolóides.... fixadas por Washington, tudo a troco dos míseros trinta dinheiros das funções políticas, que lhes foram dadas pelo lobby dos Bilderberg´s… via eleições falcatruadas…

… temos pois uma grande interrogação, um “BIG WHY” … que nunca é colocado pelas nossas direcções políticas europeias e nacionais... por medo de perderem os tachitos políticos dourados, e também pela infame e notória falta de qualidades, que os caracterizam, que são: - estupidez, ignorância, corrupção, nepotismo, ganância, egoísmo, ambição e medos ou cobardias dessas classes políticas dos tempos que correm... escolhidas a dedo e a boas luvas, etc ... resumindo, nunca arriscarão os tachos, mesmo que haja guerra nuclear e a Humanidade seja mais uma civilização perdida.... em cinzas radioactivas.

JOSÉ LUIZ DA COSTA E SOUSA

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José Luiz da Costa e Sousa, experiente Comandante militar Paraquedista ao serviço da ONU, em cenários de guerra nos Balcãs e em Timor Leste.

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Comentários relevantes:

João Paulo Carvalho

A Rússia nunca será vencida sem deixar num deserto radioactivo o hemisfério norte. Já os USA, desde a 2GM, têm perdido todas as guerras que iniciam, deixando um rastro de destruição - para lucro dos acionistas do complexo-militar-industrial, muitos deles, membros permanentes das governações americanas.

Esta, é mais outra repetição, como tem sido nos últimos 2 séculos, dos governantes se dobrarem à malícia, mentira, incompetência e traição dos seus próprios povos, na sua ansia de poder e riqueza supremas, controlar as fronteiras mais longínquas, para acederem aos seus recursos. É sempre o voltar aos mesmos velhos vícios.

Ontem houve o aval oficial dos neocons americanos (já era feito sem o haver), para o uso de mísseis de longo alcance para dentro do território russo.

Isso obriga a intervenção de homens e recursos da OTAN - frequências, satélites, sistemas altamente confidenciais - ou seja, ucranianos não podem por si, lançar esses mísseis (nem o serão no uso dos F16, por outras razões).

É a OTAN. Será sempre a OTAN no que toca a sistemas avançados.

É a OTAN que está a atacar civis e estruturas não-militares na Rússia, com o objectivo de tentar virar o povo russo contra o seu governo - povo esse que votou há menos de 2 meses, esmagadora maioria reafirmando o seu Presidente.

Isto coloca o governo russo na posição de considerar totalmente justificados todos os alvos militares que estão na origem dos ataques ao seu território, dentro E FORA da Ucrânia - Roménia, Polónia, Moldávia, Alemanha, França, UK, USA...

Os nossos governantes, ou são totalmente ignorantes, ou totalmente irresponsáveis sobre isto. Ou então acreditam na própria propaganda ocidental sobre a Rússia. Nenhuma é boa...

E a Rússia tem respondido com o alargar dos "cordões sanitários", agora com outra frente, a sul de Belgorod (que tem sido atacada repetidamente), e com a desactivação de todas as centrais termoelectricas convencionais ucranianas e algumas hidroelectricas. Sobram as termoelectricas nucleares, que não deverá demorar a verem a sua rede de ligação de alta tensão destruída, mergulhando a Ucrânia na escuridão total e a união europeia obrigada a exportar ainda mais a sua cada vez mais cara e escassa electricidade, afundando ainda mais as economias europeias.

A Ucrânia, como país, acabou. Três gerações perdidas, refugiados por todo o continente, de um lado e outro da nova cortina de ferro, ficou com um enorme desequilíbrio demográfico entre mulheres e homens, jovens e velhos. Demorará várias gerações a regenerar-se. A corrupção e incompetência dos seus governantes, vendidos aos interesses dos oligarcas locais, mas também aos dos americanos e europeus, assim a condenou a esta realidade. Exactamente a mesma sina nos espera, pois, os nossos governantes são igualmente incompetentes, corruptos e traidores.

Quando a correia rolante de dinheiro ocidental parar para a Ucrânia, as suas instituições, o seu estado, colapsará, e terá vários anos caóticos.

Silvestre Mariano

Quando perceberem onde estão metidos, metem a viola no saco e rumam para outras paragens. Os amerdicas que não conseguiram nada no Afeganistão contra uns maltrapilhos, e que nada conseguem contra uns houtis no mar vermelho, querem agora vencer uma Rússia. Enfim, o mais preocupante disto é a enorme quantidade de gente a acreditar que a "democracia" vai vencer!

Joaquim Coelho

Prezado Amigo Comandante José Luiz, mais uma vez merece os nossos parabéns por um artigo tão oportuno, sério, de elevado nível intelectual, para todos entenderem e refletirem. Bem haja pela excelente pesquisa de informação e exposição linear e assertiva. Peço permissão para transcrever o texto num dos meus Blogues informativos: "Sentinela Alerta". Grande abraço e sempre a considerar as suas qualidades de recolha de informação livre e lúcida.

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Guerra na Ucrânia – Considerações Sérias

Avatar do autor Jota.Coelho, 24.06.24

Guerra na Ucrânia – Considerações Sérias

Apontamentos importantes no Facebook, do Cmte José Luiz Costa Sousa, experiente militar ao serviço da ONU, em cenários de guerra nos Balcãs e em Timor:

 BRUXELAS, 26 de fevereiro 2024.

   A era do domínio global do Ocidente finalmente chegou ao fim com o início da operação militar especial da Rússia na Ucrânia e o conflito na Faixa de Gaza, escreveu o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, no seu blogue.

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   "Se as actuais tensões geopolíticas globais continuarem a evoluir no sentido do “Ocidente contra o resto do mundo”, o futuro da Europa corre o risco de ser sombrio.

   A era do domínio ocidental terminou, de facto, definitivamente.

   Embora isto tenha sido teoricamente entendido, nem sempre conseguimos tirar todas as conclusões práticas desta nova realidade", escreveu Borrell.

   Segundo ele, a operação militar especial na Ucrânia e o conflito de Gaza “aumentaram significativamente este risco” de um confronto entre o Ocidente Global e o Sul Global, que já pode ser “visto no Sahel e noutros locais de África”.

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   Ele enfatizou que muitos países do Sul global acusam o Ocidente de “duplos pesos e duas medidas”.

   Borrell considera este facto injusto e culpa a Rússia e a sua propaganda por isso, como não pode deixar de ser, onde o Ocidente é um anjo, um serafim, querubin... um virgem inocente...

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   “A Rússia conseguiu tirar vantagem da situação”, acredita.

   "Precisamos de recuar nesta narrativa, mas também de abordar esta questão não apenas com palavras: nos próximos meses, devemos fazer um esforço enorme para reconquistar a confiança dos nossos parceiros (principalmente países que foram possessões coloniais europeias em África) - acrescentou.

   No seu blogue sobre o resultado da Conferência de Segurança de Munique, Borrell repreendeu mais uma vez os países da UE e os Estados Unidos por não terem ouvido os seus avisos, dois anos antes do conflito na Ucrânia, sobre as crescentes ameaças à segurança do Ocidente.

   Ele instou mais uma vez os países ocidentais a se armarem e fornecerem o máximo de armas possível a Kiev para tentar recuperar o seu domínio global.

CLIK na Imagem para ver Vídeo:
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 22-2-2024 - NOTA PRÉVIA: O Sofrimento de Um Povo: UCRÂNIA.

   As interferências do Ocidente, comandadas pelos Estados Unidos da América são desastrosas para o Povo Ucraniano.

   23-06-2024 - Ucrânia avança com a recruta de prisioneiros para aumentar as suas tropas. A medida tem por objetivo aumentar a força militar da Ucrânia face às pesadas perdas nos últimos meses e à superioridade numérica da Rússia. Cerca de 3.000 prisioneiros já se registaram. 

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1 - O EUROMAIDEN, SEJA, O GOLPE DE ESTADO DE 2014 NA UCRÂNIA, QUE INSTALOU NO PODER UM GOVERNO DOS EUA... SÓ TROUXE GUERRA, DESTRUIÇÃO, MORTE E DESGRAÇA À UCRÂNIA, diz Ex-Primeiro Ministro da UCRÂNIA...

Nos dez anos após o Euromaidan, a Ucrânia degradou-se e autodestruiu-se pelas mãos dos EUA, os preços dos alimentos, da água, luz e serviços comunitários aumentaram várias vezes, disse em entrevista Nikolai Azarov, ex-primeiro-ministro ucraniano.

Em novembro de 2013, assistiu-se ao início de uma série de protestos na Ucrânia devido à decisão das autoridades de suspender uma política que visava a integração do país na União Europeia (UE).

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A agitação alastrou rapidamente, com a oposição do país pressionada e apoiada pelos EUA apelando a uma revolução nacional.

Os protestos acabaram por se transformar num golpe de Estado, levando à destituição do então presidente Viktor Yanukovich, em fevereiro de 2014.

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"Ao longo destes dez anos, podemos dizer que o país se deteriorou e basicamente destruiu-se definitiva e irreversivelmente”.

Se falarmos do padrão de vida das pessoas, nem é possível comparar com 2013, porque os preços dos alimentos aumentaram exponencialmente: - entre 5 e 30 vezes ou mais.

Por exemplo, as tarifas de água, luz e serviços comunitários também aumentaram 10-15 vezes", declarou Azarov.

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Ele apontou para a enorme diferença entre o que está realmente acontecendo e o que foi prometido no Euromaidan, há dez anos.

"Não aderimos a nenhuma União Europeia, é claro, e não vamos aderir, porque a União Europeia é uma associação de parceiros competitivos [...] e, somente economias altamente competitivas podem funcionar normalmente neste espaço", acrescentou o político.

De acordo com ele, a propaganda enganosa continua envenenando as mentes dos ucranianos: - as autoridades do país querem obrigar as pessoas a acreditar que a Rússia é culpada por todos os problemas da Ucrânia, não a corrupção, o roubo, a gestão irracional, a violação das leis económicas básicas pelas autoridades em Kiev.

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Qual é o PIB real da Ucrânia?

De acordo com o ex-Primeiro Ministro, após a chegada ao poder de Vladimir Zelensky, o Produto Interno Bruto (PIB) real no país diminuiu várias vezes e hoje não excede os US$ 60 bilhões; antes de 2014 era de 175 biliões de dólares.

Azarov observou que as autoridades ucranianas distorcem os dados oficiais, afirmando que "o PIB no território do regime de Kiev é de US$ 175 bilhões, seja, igual a 2013", mas é duas vezes e meia menor.

"O truque aqui é muito simples: - eles incluem no PIB todos os subsídios, toda a ajuda colossal que lhes é fornecida pelo Ocidente[...].

Qual é o PIB real agora? Aqui está o verdadeiro PIB: - dos US$ 175 biliões, há que subtrair cerca de US$ 110 biliões dessa ajuda, e ficam cerca de US$ 60 bilhões", observou Azarov.

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2 - Planos da Europa em relação ao Exército ucraniano:

Na entrevista, o ex-Primeiro Ministro ucraniano declarou que os planos da Comissão Europeia de tornar o Exército e o complexo militar-industrial da Ucrânia parte das capacidades militares europeias, é um cenário completamente irrealista.

Anteriormente, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na sessão do Parlamento Europeu, anunciou a intenção de Bruxelas de fazer do Exército e da indústria militar da Ucrânia parte de suas próprias capacidades militares.

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"Este é um cenário completamente irrealista e Ursula von der Leyen deveria ocupar-se de seus assuntos.

Ela tem funções bem definidas como presidente da Comissão Europeia, e as suas funções não incluem a criação de qualquer indústria na Ucrânia, nem outras questões semelhantes", disse Azarov.

Segundo ele, durante estes dez anos, após o Euromaidan, os países do Ocidente colectivo, um bando de criminosos anti ucranianos, dizendo-se o oposto, têm estado envolvidos na destruição do complexo militar-industrial da Ucrânia.

Azarov afirmou que a decisão de Vladimir Zelensky de não realizar eleições presidenciais esta primavera na Ucrânia está ligada ao medo de perder seu cargo, mas, sem a votação, o político palhaço e cão de guarda dos EUA, torna-se um "presidente ilegítimo".

"A decisão dele [Vladimir Zelensky] é ilegítima e, em 21 de maio de 2024, ele não será ninguém [...]

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Zelensky pode alegar o que quiser: - a lei marcial, a guerra, etc...

A propósito, ele não declarou guerra. Formalmente, oficialmente, não há guerra.

Então, porque é que adia as eleições? Só por causa de uma coisa - o medo de perder esta eleição", explicou Azarov.

Por fim, Azarov disse que as autoridades em Kiev não conseguirão fazer da Ucrânia uma "anti-Rússia", mais cedo ou mais tarde, os laços entre os povos ucraniano e russo serão restaurados.

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Nascimento dos Estados Unidos da América

Avatar do autor Jota.Coelho, 06.06.24

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1 – Colonização da América do Norte:

   Cristóvão Colombo acreditava que poderia encontrar uma rota para as Índias navegando em direção ao oeste. Financiado pela coroa espanhola, Colombo deixou a Espanha em 3 de agosto de 1492, iniciando a sua famosa viagem e a tornar-se o primeiro europeu conhecido a pisar o continente americano.

   Porém, futuros navegadores europeus que exploraram a região rapidamente descobriram que a região descoberta por Colombo era um novo continente a que deram o nome de Novo Mundo. Colombo morreu em 1506, ainda acreditando que havia chegado às Índias.    Entretanto, a Espanha e Portugal iniciaram os esforços de colonização e conquista de novas terras para oriente e ocidente.

   A descoberta das Américas causou grande furor na Europa. O Novo Mundo oferecia novas oportunidades de poder, riqueza e aventuras. Rapidamente, diversos países europeus começaram a explorar e a colonizar o continente americano. A primazia desses esforços da colonização das Américas pertenceu a Espanha e Portugal. Segundo o Tratado de Tordesilhas, assinado entre os espanhóis e os portugueses, todas as terras a oeste da Linha de Tordesilhas pertenceriam à Espanha, e todas as terras a leste pertenceriam a Portugal.

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   Durante as primeiras décadas do século XVI, os espanhóis derrotaram os astecas, os maias e os incas. Os espanhóis colonizaram uma enorme área desde o sul da América do Sul até o que é atualmente o sul dos Estados Unidos. A primeira comunidade europeia em território americano foi fundada em 1526, na atual Carolina do Sul. Os espanhóis também fundaram a primeira comunidade permanente, St. Augustine, em 1565, no atual Estado de Flórida.

   Os portugueses, depois de consolidarem a colonização do Brasil e territórios de Angola e Moçambique, rumaram para oriente e colonizaram as Índias e terras na Ásia.

   Durante a segunda metade do século XVI e do século XVII, uma nova geração de potências coloniais surgiu: a Inglaterra, a França e os Países Baixos. As terras que constituem atualmente o leste dos Estados Unidos tornaram-se regiões atrativas para a instalação de novas colónias, por parte destas novas potências coloniais. Embora estas terras estivessem relativamente próximas à Europa, a Espanha e Portugal tinham pouco interesse nelas.

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   Entretanto, estas novas potências coloniais financiavam grupos de corsários e piratas (foras da lei), fornecendo navios para assaltarem as caravelas e naus portuguesas e espanholas, roubando todos os pertences valiosos, como o ouro e outros metais preciosos.

   Ingleses e franceses continuaram a exploração do leste da América do Norte desde o século XVI e instalaram postos comerciais nessa costa. A partir do início do século XVII, tanto os ingleses quanto os franceses começaram a instalar populações permanentes na América do Norte. A região colonizada pelos franceses tornou-se conhecida como Nova França, que incluía os atuais Estados americanos de Maine e Vermont.

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   As primeiras tentativas inglesas bem-sucedidas de colonização da América do Norte ocorreram no início do século XVII, por várias razões: o nacionalismo inglês cresceu e a ameaça de uma possível invasão do Reino Unido por parte da Espanha, bem como por causa do militarismo protestante e da adoração da monarca Rainha Elizabeth I. Pois, a Inglaterra nunca aceitou que o mundo fosse divido entre Portugal e Espanha, conforme o tratado de Tordesilhas.

   As principais causas que levaram à colonização da América do Norte por parte dos ingleses foram o desenvolvimento da agricultura em boas terras para o cultivo e comércio de tabaco e de chã, a crescente superpopulação da nação, a busca por liberdade religiosa e a crescente desconfiança das forças políticas do velho mundo. A colonização foi entregue a duas grandes empresas inglesas que acabariam por falir, devido a má organização e disputas entre os seus dirigentes.

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2 - Nova Inglaterra - Divergências Religiosas:

   Após a fundação de Jamestown, os ingleses iniciaram o processo de colonização da costa nordeste dos Estados Unidos. A segunda comunidade inglesa foi fundada na Nova Inglaterra, por dois grupos religiosos diferentes, em 1587. Ambos os grupos eram a favor de uma reforma geral na Igreja e da eliminação de elementos católicos na Igreja da Inglaterra. Enquanto os “peregrinos” buscaram sair da Igreja da Inglaterra, os “puritanos” queriam reformá-la, através da instalação de uma santa comunidade numa sociedade que viria a constituir o Novo Mundo.

   O primeiro e menor dos dois grupos religiosos, os “peregrinos”, teve origem numa pequena congregação protestante em Scrooby Manor, Inglaterra, de onde os membros partiram rumo aos Países Baixos para fugir a perseguições. À época, os Países Baixos possuíam a reputação de que o reino era uma nação cada vez mais aberta aos que sofriam perseguição. Os emigrantes, porém, tornaram-se cada vez mais insatisfeitos com a crescente influência dos neerlandeses em suas crenças e com baixas condições económicas. Depois de se juntarem a um grupo maior de separatistas que haviam continuado a morar na Inglaterra, organização uma expedição e navegaram rumo ao Novo Mundo, autonomeando-se "peregrinos".

   Estes homens e mulheres embarcaram no navio Mayflower, com a intenção de conseguirem destinos de vidas mais rentáveis para os “peregrinos” e desembarcar no litoral norte da região que era então conhecida como Virgínia, atualmente localizada na cidade de Nova Iorque. Porém, o Mayflower foi obrigado a mudar de rumo durante a viagem, por causa de uma tempestade, e foram desembarcar no que é atualmente o Massachusetts. Antes de desembarcarem, os “peregrinos” escreveram o Mayflower Compact, um documento no qual estes davam a si próprios grandes poderes de auto-governo. Em 21 de dezembro de 1620, estabeleceram uma comunidade permanente onde atualmente se localiza a cidade de Plymouth. Mas, estes colonos não tiveram tempo suficiente para cultivar quaisquer plantações e, ao longo do inverno, a maioria deles morreram de fome - incluindo o líder James Carver – e pelo frio. William Bradford foi escolhido para substituir Caver na primavera de 1621. Neste ano, os colonos tiveram a ajuda de Squanto e Samoset, dois nativos americanos que haviam aprendido a falar inglês. Graças a esta ajuda, o outono deste ano trouxe grandes colheitas.

   O estabelecimento de comunidades dos “peregrinos”, considerados os “pais fundadores” da América, é um marco importante celebrado no feriado “Dia de Acção de Graças”, que se realizou pela primeira vez, em Massachusetts, no ano de 1621.

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- Os puritanos – protagonistas do rumo americano

   Um segundo grupo de colonos estabeleceu a Colónia da Baía de Massachusetts em 1629. Este grupo foi o dos “puritanos”, que buscava reformar a Igreja Anglicana através da criação de uma nova e pura igreja no Novo Mundo. Esta comunidade consistiu-se em 400 puritanos, convocados pela Companhia da Baía de Massachusetts. Em dois anos, outros dois mil puritanos desembarcaram na América, em ondas sucessivas de imigração conhecidas como a "Grande Migração". No Novo Mundo, os puritanos criaram uma sociedade profundamente religiosa, mas politicamente inovadora e liberal, com princípios que ainda perduram atualmente nos Estados Unidos.

   Popularmente, acredita-se que os puritanos vieram para a América em busca de liberdade religiosa, mas a sua doutrina era de "dominação religiosa"; acreditavam que o Novo Mundo fosse uma "nação de redenção", mas não tencionavam estabelecer tolerância religiosa. Pretendiam levar esse tipo de sociedade ideal dos puritanos, como exemplo, para a Europa e estimular a conversão em massa para o puritanismo.

   Na estrutura política das colónias puritanas os oficiais eram eleitos pela comunidade, mas apenas pessoas brancas do sexo masculino, membros de uma igreja congregacionalista podiam votar. Segundo padrões atuais de política da Europa, as colónias puritanas eram politicamente liberais - mais do que qualquer país europeu. Por isto, a estrutura política da sociedade puritana pode ter assumido a forma de uma democracia, com ênfase na virtude cívica que caracterizaria a sociedade americana pós-revolucionária.

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   Socialmente, a sociedade puritana era conservadora. Ninguém podia viver sozinho, por medo que as suas tentações levassem a uma corrupção moral de toda a sociedade puritana. Porque o casamento ocorria dentro da localização geográfica da família, dentro de várias gerações em diversas "cidades", pareciam clãs, compostos por várias grandes famílias inter-casadas. Como a força da sociedade puritana se refletia nas suas instituições: igrejas, sedes de município e força militante, caracterizava-se como repressiva; os seus princípios foram a base dos valores americanos, em virtude cívica e no desenvolvimento da democracia.

   Economicamente, os puritanos foram bem-sucedidos. A indústria de tabaco e outros produtos agropecuários começaram na agricultura de subsistência, mas rapidamente passaram à exportação. Baseada nos esforços de fazendeiros individuais, que cultivavam suficientes colheitas para gerar o alimento necessário para abastecer sua família, mais um excesso que podia ser trocado com outros comerciantes por outros produtos que os fazendeiros não podiam produzir por si mesmos. A qualidade da economia da Nova Inglaterra era próspera; os líderes de cidades da Nova Inglaterra poderiam literalmente alugar famílias pobres da cidade para qualquer pessoa que podia arcar com os custos de aluguel e de alimentação destas famílias, como uma forma barata de mão-de-obra. Além de ser um importante centro agrário, a Nova Inglaterra tornou-se também um centro mercantil e fabricador de navios importantes, e frequentemente servia como centro operacional para o comércio realizado entre o Sul e a Europa.

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3 – A construção dos Estados Unidos da América

   Descendentes de imigrantes e refugiados ingleses e irlandeses com divergências religiosas e políticas, o povo americano imergiu de uma caldeirada de gente aventureira, genericamente formatada para a exploração dos recursos humanos (mão de obra escrava), territórios com boa capacidade de produção agrícola e exploração de matérias-primas territoriais com vista ao enriquecimento a qualquer custo.

   Transformaram a ideia do “Destino Manifesto”, idealizado nos escritos de Samuel, numa crença de que o povo estadunidense foi o escolhido por Deus para conquistar todos os territórios até ao Oceano Pacífico, e que as nações fracas deveriam ser dominadas pelas mais fortes. E é esse o designo que vemos avançar a “ferro e fogo” em todo o mundo, cada vez com mais força, intensidade e crueldade.

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Assim nasceu e prospera a maior potência económica e política global, fomentadora de guerras, destruidora de nações, causadora de desigualdades sociais e genocídios à escala mundial.

- Guerra da Independência:

A independência dos Estados Unidos foi declarada em 4 de julho de 1776 e reconhecida pelos ingleses em 1783, após cinco anos de guerra.

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- A Conquista do Oeste:

   Não lhes bastando a exploração dos recursos nos territórios costeiros, muitos colonos organizados em grupos e protagonizados pelos mais poderosos senhores de terras, aproveitando a sua organização militar, desenvolvimento industrial e produção de armamento, avançaram pela imensidão dos planaltos, das pradarias e savanas, galgando montes, rios e vales até chegar à costa do Oceano Pacífico.

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   Pelo caminho, assaltando terras dos índios, exploraram minas de ouro e outros metais preciosos, estabeleceram colónias de fazendeiros e construíram igrejas e instalações agrícolas, para seu benefício pessoal; escravizaram os fracos e os indígenas (índios americanos) – foram dizimados e mortos mais de quinze milhões de índios.

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   Mas, os indígenas tinham alguns chefes valentes que organizaram a Confederação dos Lagos Ocidentais chefiada pelo índio Casaco Azul da tribo Chawnee, que conseguiram grandes vitórias contra as tropas americanas nos anos 1790 e 1791; alarmado com tais vitórias indígenas,  o presidente George Washington nomeou um veterano da Revolução, General Anthony Wayne, para comandar o novo exército “Legião Americana”, que enganou os chefes índios com um prazo de tréguas para negociações de paz, enquanto treinou as suas tropas para voltar ao confronto e cercou os índios no Forte Washington do Cincinnati, em 1793. Em consequência, os índios perderam todas as terras ao longo do rio Ohio e, sem o apoio inglês, falharam as tentativas de negociações com as tropas americanas e foram sendo dizimados e empurrados para as terras de ninguém…

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   A derrota dos índios levou à assinatura do Tratado de Greenville, em 1795, com a cedência do território de Ohio aos americanos nasceu um novo estado, em 1803.

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   Apesar das derrotas, o que restava do exército índio não se rendeu e teve o apoio de um grupo de milicianos canadenses; aproveitando as dificuldades da cavalaria americana em progredir devido a grandes árvores derrubadas por uma tempestade, conseguiram chegar ao Forte Miami, posto avançado dos ingleses, onde foram reabastecidos de alimentos e munições. Outros chefes índios juntaram-se a Casaca Branca e continuaram a guerrear os americanos até serem completamente derrotados. As tropas americanas destruíram todas as suas aldeias e os milicianos canadenses conseguiram fugir ao massacre, retirando para as suas terras.

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   O aparecimento de grandes jazidas de ouro na Califórnia, e as taxas de impostos ditados pelo governo inglês, incentivou o governo americano a lutar pela independência da Inglaterra, no século XIX, sob a presidência de George Washington. Depois de consolidados dez Estados, como Alabama, Texas, Mississipi, Flórida, passaram ao assalto dos territórios do México e colónias indígenas ainda existentes, matando ou expulsando-os para terras pouco produtivas.

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   Quase metade do México passou a fazer parte dos Estado Unidos da América, em 1848. De seguida, o Hawai também foi anexado.

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   Os interesses dos governos dos Estados Unidos da Américo ficaram bem vincados nestas anexações ilegais, mas tinham como finalidade conquistar e anexar territórios que permitissem a formação de uma grande potência global cujos recursos naturais dominassem o poder económico, político e ideológico. Contra tudo e contra todos, o poder expansionista americano é o fulcro do seu desígnio existencial.   

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- A Guerra Norte e Sul:

   A prosperidade do Norte industrializado era mais fluente que no Sul agrícola. Com a chegada do presidente Abraham Lincoln ao poder, os estados federados do Norte ditaram a abolição da escravatura. Mas, os estados do Sul não aceitavam tal lei, porque as culturas de algodão predominavam com mão-de-obra dos escravos africanos.

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   Em abril de 1861, fazendo valer o seu alto desenvolvimento económico e poderia em fabrico de armas, as tropas confederadas do Norte fizeram um bloqueio aos portos marítimos do Sul, sendo o estado da Carolina do Sul o mais castigado. Assim se desencadeou a “Guerra de Secessão”, que terminou em 1865, com mais de 600 mil mortos.

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Temas Político-sociais.

Recolha de dados históricos e factuais: Alfredo Calheiros – CB

Coordenação: de Joaquim Coelho

As Guerras - Destruição e Morte

Avatar do autor Jota.Coelho, 02.06.24

As Guerras só servem para destruir

– sabe-se como começam, mas não sabemos como acabam.

    Pelo caminho, ficam os mortos, as populações desalojadas, a destruição de bens, o caos económico e social. Ainda há quem acredita que a NATO é uma organização defensiva!

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A Nato, o problema é a Nato!

Urbano de Campos  — 15 Junho 2023

    A próxima cimeira da Nato (Vilnius, Lituânia, em meados de julho) não vai seguramente abrandar o esforço de armar a Ucrânia nem rever o propósito, abertamente proclamado, de desgastar a Rússia. Ao contrário, todo o ambiente criado vai no sentido de alargar o alcance geográfico da Aliança, de amarrar ainda mais os países europeus às prioridades militares e políticas norte-americanas, de estabelecer um clima de guerra permanente como o “novo normal” da vida dos povos, seja na Europa, seja no resto do mundo.

    Factos aparentemente diversos apontam no mesmo sentido.

    A NATO promove neste momento o maior exercício militar aéreo da sua história. O centro é o território da Alemanha mas as acções desenrolam-se igualmente no Mar Báltico. O propósito é evidente e foi anunciado: ameaçar a Federação da Rússia com uma segunda linha de combate para lá do solo ucraniano. O provável fracasso da ofensiva ucraniana desencadeada há uma semana leva a Nato a esta escalada.

    O general Michael Lo, comandante da Guarda Nacional Aérea dos EUA, deixou claro que esta demonstração de força reafirma um propósito: “a presença continuada dos EUA na Europa”.

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Zelensky com Stoltenberg. A próxima cimeira da Nato

não vai seguramente abrandar o esforço

de armar a Ucrânia e tentar desgastar a Rússia

    Anders Rasmussen, ex-secretário-geral da Nato e agora conselheiro de segurança de Zelensky, disse alto e bom som que a Polónia e os países bálticos estão prontos a enviar tropas para a Ucrânia se, disse ele, a próxima cimeira da NATO não der “garantias de segurança” à Ucrânia. Referia-se, claro, ao prosseguimento do esforço de guerra. Apesar de uns tímidos desmentidos, Rasmussen limitou-se a repetir o que os próprios responsáveis polacos vêm dizendo de há meses para cá, desde que se tornou patente a incapacidade das tropas ucranianas em travar os russos.

     O encontro, a 12 de junho, entre a França, a Alemanha e a Polónia (o “Triângulo de Weimar”, criado em 1991), anunciou como agenda o propósito geral de coordenação europeia na “assistência militar à Ucrânia para que possa levar a cabo com êxito a sua contra-ofensiva”. Dadas as circunstâncias concretas, porém, e considerando a posição dos polacos, não foi seguramente deixada de lado a possível intervenção de outras forças no teatro de guerra, no caso de colapso do exército ucraniano.

     Esta ameaça vem revestida de uma dose considerável de cinismo. Diz-se que uma tal intervenção se daria a título “individual” de países da Nato, que enviariam “voluntários” para o terreno, mas não da Nato como entidade. O risco deste jogo de sombras é evidente, tornando inevitável a escalada e o alastramento do conflito, até agora circunscrito ao território da Ucrânia. 

    Depois de o Reino Unido ter fornecido à Ucrânia munições de urânio empobrecido, os EUA preparam-se para fazer o mesmo. Como se não fossem sobejamente conhecidos os efeitos terríveis destas munições — comprovados no Iraque e na ex-Jugoslávia (cancros, leucemias, malformações de fetos, contaminação de solos e aquíferos, etc.) —, uns e outros mentem à opinião pública desvalorizando-as como se fossem munições comuns.

Bem além da Ucrânia:

     Para lá da Ucrânia, os EUA e a UE, conjuntamente, tratam de criar novos focos de conflito que dividam as atenções da Federação Russa. Um deles é no Kosovo, outro na Moldávia.

     No Kosovo, a Nato ameaça a Rússia com uma segunda frente de guerra. As autoridades kosovares, apoiadas pelos EUA e a UE, provocam repetidamente a minoria sérvia, desrespeitando os acordos de 2013 que conferem autonomia aos municípios sérvios. Repetem assim o procedimento seguido na Ucrânia a respeito das populações do Donbass após 2014. O apoio da República Sérvia aos compatriotas sérvios do Kosovo é natural, bem como o apoio da Rússia a uma e a outros — daí a possibilidade de o conflito constituir mais uma provocação a Moscovo.

     Na Moldávia, a região da Transnístria, que faz fronteira com a Ucrânia, tem população maioritariamente russa. Um contingente de tropas russas está estacionado na região desde 1995, tendo posto fim a um conflito armado iniciado em 1991, altura em que a Moldávia se constituiu como país independente, após a dissolução da URSS. Desde o início da guerra na Ucrânia, a Transnístria tem sido um dos pontos de atrito latente com a Federação da Rússia por parte, tanto da Ucrânia, como da Moldávia, como ainda da Roménia, para onde os EUA deslocaram no ano passado um largo contingente de tropas.

"Mil soldados e tanques blindados vão reforçar a base norte-americana na cidade romena de Constança, numa altura em que a Rússia realiza manobras militares no Mar Negro."

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     O palco ucraniano tem, portanto, amplas ramificações. Vários outros conflitos militares podem ser desencadeados na Europa se os EUA e a UE os entenderem úteis ao seu propósito declarado de sangrar a Rússia. 

    Completando esta vasta manobra, há ainda o Extremo Oriente, em que o pretexto para confrontar a China é Taiwan. Além de mobilizarem os aliados da região (Coreia do Sul, Japão, Austrália), os EUA não escondem o propósito de arrastar também os europeus para essa outra aventura.

Militarização geral da Europa:

    Através da NATO, está em curso uma militarização geral da política europeia e de cada um dos estados europeus. A pressão dos EUA e dos falcões europeus — expressa na ideia de apoiar Zelensky até onde for preciso, sacrificando os ucranianos até ao último, vendendo a ilusão de uma vitória sobre os russos — visa criar na população europeia a aceitação de um estado de guerra permanente, uma “nova realidade” a que os povos europeus tenham de resignar-se. Resignar-se em estado de espírito e resignar-se como pagadores.

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………………...............

Por um movimento popular contra a Nato

     São as classes trabalhadoras a pagar os maiores custos políticos e materiais do rumo para que o país está a ser arrastado. Mas não são apenas as questões da carestia e dos baixos salários que exigem resposta de massas — são também as opções políticas dos governantes, ao seguirem a reboque dos EUA e da Nato. Cada euro de despesa militar a mais será um euro a menos no lado dos trabalhadores. Cada equipamento enviado para a guerra apenas aumentará os riscos de alastramento do conflito. 

     A submissão dos dirigentes e da maioria das forças políticas da UE aos desígnios hegemónicos dos EUA divide e enfraquece os povos da Europa. Mas também faz deles a única fonte possível de resistência à política de guerra. Será essa a base segura para levantar um movimento de contestação do imperialismo, e da NATO como braço armado. 

Contestação da classe trabalhadora:

   Por enquanto, a maioria dos europeus sofre em silêncio os efeitos do retrocesso económico, da subida dos preços, da guerra promovida pela Nato, da degradação inevitável do estado social — enfim, de um recuo civilizacional geral. Mas, a prazo, esta contínua queda para o abismo é insustentável.

   Um capitalismo materialmente falido, cultural e moralmente desfeito, institucionalmente degradado não pode oferecer horizontes de futuro. Uma sociedade que, pela própria voz dos seus mentores, só consegue oferecer um amanhã pior que o dia de hoje — e que afirma apenas poder subsistir nessa condição! — é uma sociedade que caminha para o fim. É isso que está expresso nas lutas de massas em França.

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NOTA FINAL:

    No final do ano de 2023, os resultados da tão propagada contra-ofensiva do exército ucraniano são insignificantes ou nulos, em termos militares, mas catastróficos em termos de perdas humanas e destruição de bens e infraestruturas.

   Logo, a hipocrisia dos governantes europeus vem ao de cima com a degradação da segurança e dos serviços de saúde, a decadência das condições de vida das populações.

    Perante a Europa submetida aos interesses americanos, estamos a atingir os píncaros do cinismo governativo mais crescente de todos os tempos, o que pode conduzir à 3ª. guerra mundial já em perigoso andamento.

Joaquim Coelho

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Verdades e Mentiras Secretas

Avatar do autor Jota.Coelho, 25.02.24

Casos de mentiras e patranhas secretas

 NOTA-PRÉVIA:

1 - A morte do activista russo, Alexey Navalny, acontece num momento de graves contradições da política mundial. As ingerências de países poderosos na vida interna de outras nações é por demais criminosa e atenta contra a estabilidade e a paz no mundo.

Lamentamos o desaparecimento de uma pessoa corajosa e na primavera da vida. Mas, as consequências das suas pretensões políticas liberais, de sentido oposto aos padrões das estruturas duma nação poderosa e rica, muito cobiçada pelas nações vizinhas, são sempre perigosas e imprevisíveis. Pois, a Rússia foi palco da ganância de poderosos exércitos externos, desde as invasões napoleónicas aos exércitos dos impérios vizinhos e da Alemanha de Hitler, que causaram sofrimento e dor além das dezenas de milhões de mortos e destruição das suas infraestruturas, com efeitos nefastos na economia e na segurança das populações. Curiosamente, temos que reconhecer que a Rússia nunca se expandiu para a Europa ocidental!  

2 - As grandes potências armamentistas sempre tiveram essa pretensão de dominar para um melhor posicionamento estratégico geopolítico. Como em todas as guerras e ingerências, são os peões que acabam por sofrer as consequências, muito mais gravosas quando estão em causa possíveis actos de traição.   

3 - Estamos muito dependentes das campanhas informativas formatadas pelas poderosas cadeias de comunicação social, cujos objectivos são incutir na população uma vertiginosa sensação de verdades irrefutáveis que nos levam a aceitar essas notícias como verdadeiras. O perigo está no efeito castrador da criação mental de cada um, ao perder as capacidades de raciocínio e o critério da análise lógica para questionar se aquilo é falso ou verdadeiro.

Ora, vem este verbo por analisar as contraditórias notícias vindas a público, por causa do hipotético envenenamento a bordo de um avião russo, do activista russo, Alexei Navalny, logo apoiado por médicos alemães que exigiram a sua transferência de Moscovo para um hospital de Berlim, onde foi tratado.

  • “O Ministério Público russo pediu à Alemanha dados sobre o estado de saúde do opositor Alexei Navalny, que está em coma num hospital em Berlim após um provável envenenamento, indicando, porém, não ver "qualquer evidência de atos criminosos".
  • Hospital de Berlim confirma alta de Alexei Navalny

23 set, 2020 • Redação com agências

O russo, de 44 anos, terá sido envenenado através de uma garrafa de água que ingeriu no hotel onde estava alojado em Tomsk, na Sibéria.

4 - Por consequências temporais na evidência noticiosa, temos em equação dois casos de detenções políticas de sinais opostos e com visões bem diferentes no espaço político:

a) - Alexei Navalny, opositor e activista russo;

b) - Julian Assange, jornalista americano que divulgou documentos considerados secretos.

Anotações de Joaquim Coelho

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1º - O caso do desmaio de Alexei Navalny

Neste caso os autores desta campanha pretendem que o desmaio do blogger Alexei Navalny se deveu a envenenamento com o produto químico Novitchok, que teria sido feito pelas autoridades russas à entrada para o avião em Tomsk.

Alexei Navalny, que desmaiara a bordo de um avião que o levava, em 20 de Agosto de 2020, de Tomsk para Moscovo, segundo diferentes noticiários, teria sido envenenado depois de ter tomado chá no aeroporto ou bebido água de uma garrafa que lhe fora dada pela mulher.

Esse desmaio levou ao aterrar de urgência noutra cidade siberiana, Omsk. Depois de observado num hospital desta cidade, uma equipa médica deste concluiu que não tinha havido envenenamento, mas a mulher e o staff de apoio de Novalny exigiram que ele «fosse para um hospital independente de sua confiança, na Alemanha, porque o hospital russo em que estava não lhes oferecia essa confiança, e poderia estar a reter o paciente para desaparecerem os vestígios do veneno».

O governo russo concordou com a aterragem de um avião alemão em Omsk com médicos alemães, do Hospital Charité, de Berlim, para o levarem para esta cidade.

Anteriormente, os médicos do hospital russo não tinham autorizado essa viagem por poder ser perigosa para o paciente. O governo russo respeitou a decisão médica, que foi acompanhada pela recepção no hospital de Omsk dos médicos alemães do Charité que tinham vindo no avião. No dia seguinte, 22 de agosto, a direcção clínica do hospital de Omsk, depois da estabilização do paciente, acabou por concordar com o seu transporte. «O estado do paciente é estável e, tendo em conta o pedido da família para autorizar a sua transferência, decidimos que neste momento não nos opomos à sua transferência para o centro hospitalar indicado pelos familiares». A família e a equipa alemã garantiram que assumiriam toda a responsabilidade no transporte. De acordo com uma declaração do médico-chefe do hospital de Omsk, Aleksandr Murakhovsky, os médicos alemães disseram numa carta que a condição de Navalny permanecia estável, mas era séria, e agradeceram aos seus colegas russos por terem salvo a sua vida.

Os médicos do hospital de Omsk também «forneceram aos médicos da clínica alemã os resultados dos testes de laboratório e amostras de biomateriais de Navalny. Isto permitiu aos especialistas alemães terem uma anamnese completa do paciente, para conhecer toda a dinâmica clínica de seus sinais vitais».

O hospital de Berlim onde ficou sob observação acabou por dizer, no dia 24 de Agosto, que o político russo sofrera uma intoxicação (não falaram em envenenamento). O prognóstico sobre Alexei Navalny, feito pelos médicos do Charité, permanece reservado, não podendo ser excluída a possibilidade de efeitos a longo prazo que afectassem particularmente o sistema nervoso central. No dia anterior, o hospital referira que a recuperação deixaria consequências e que nos próximos meses não poderia retomar a sua actividade política.

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A construção da Mentira

A conferência de imprensa, planeada para a manhã de 25 de Agosto de 2020, foi cancelada sem explicações. Depois, o governo alemão mudou Navalny para um hospital militar em Berlim. Rapidamente o diagnóstico passou a ser outro – envenenamento pelo Novitchok.

De acordo com o porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert, laboratórios especiais na França e na Suécia detectaram o agente nervoso em amostras retiradas do organismo de Navalny, confirmando o que tinha sido afirmado antes pela Alemanha.

Segundo o chefe da diplomacia de Berlim afirmou em 6 de Setembro, «Moscovo teria alguns dias para dar respostas». Se não o fizesse a União Europeia iria discutir sanções à Rússia. E usou o gasoduto Nord Stream 2 como arma de pressão, que a chanceler alemã recusou – depois de a Rússia ameaçar exercer represálias – garantindo que a Alemanha apoiava a conclusão do projecto da instalação do gasoduto que liga a Rússia à Alemanha.

Os Estados Unidos e vários países europeus têm uma visão negativa do novo gasoduto, que irá duplicar o Nord Stream 1, já em operação, porque «vai tornar a Alemanha e a UE mais dependentes da Rússia»...

O reactivar agora desta questão é suscitada pela recente detenção de Navalny – detenção essa que era esperada pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro de que fora acusado, que já transitaram em julgado anteriormente, com a aplicação de uma pena suspensa. A violação das regras da liberdade condicional, muito anteriores ao incidente no avião, levou agora a nova decisão judicial de prisão efectiva.

As manifestações que têm ocorrido, a pretexto da exigência da libertação do blogger russo, têm um conteúdo de confrontação e procuram provocar a repressão policial. Numa das manifestações participaram diplomatas da Alemanha, Suécia e Polónia na capital russa que, por isso, foram expulsos do país. O embaixador da Rússia à UE declarou que seria difícil «imaginar uma situação em que alguém do meu staff pudesse participar [em Bruxelas] em tal tipo de manifestação, mesmo como observador».

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As Patranhas da UE

A questão central nos dias de hoje é que a UE exigiu à Rússia que investigue o «envenenamento». Ora, já por várias vezes a Procuradoria russa pediu à Alemanha que lhe fossem enviadas as provas do invocado crime para proceder a uma investigação. E a resposta acabou por ser que Berlim não cede as suas provas... por serem secretas! Dir-se-ia que a Alemanha está a provocar uma impossibilidade jurídica por ocultação de provas do eventual crime.

Mas o que, de facto, está a fazer, é uma grosseira provocação à Rússia.

Aristides Fernandes – Reuter – 26 de fevereiro de 2021

QUE DIFERENÇA DE OPINIÕES PARA CASOS SEMALHANTES

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2º - A longa detenção do jornalista Julian Assange

Julian Assange, australiano de 50 anos, fundador do “WikiLeaks”,   é acusado pela Justiça dos EUA pela Divulgação, a partir de 2010, de mais de 700 mil Documentos Confidenciais sobre Actividades Militares e Diplomáticas do País, em particular no Iraque e no Afeganistão.

Processado em particular ao Abrigo da Legislação contra a Espionagem, Julian Assange enfrenta 175 anos de prisão, num caso denunciado por Organizações de Direitos Humanos como um grave atentado à Liberdade de Imprensa.

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O advogado do fundador do Wikileaks, Julian Assange, alegou hoje perante o Tribunal Superior de Londres que o cliente não deve ser extraditado para os Estados Unidos, porque está a ser processado por “crimes políticos”.

Segundo Edward Fitzgerald, existe um “risco real” de sofrer uma violação “flagrante” dos seus direitos fundamentais.

O governo britânico autorizou a transferência de Assange para os EUA em junho de 2022, mas o fundador do WikiLeaks está a tentar todas as vias possíveis para impedir a sua transferência.

A mulher de Assange, Stella, participou numa manifestação no exterior do tribunal.

“Não há qualquer hipótese de ele ter um julgamento justo se for extraditado para os EUA”, disse aos jornalistas, acrescentando que “esta farsa tem de acabar”.

Segundo os seus apoiantes, permitir a extradição seria “criminalizar o jornalismo de investigação”, uma vez que as acusações têm origem em material secreto publicado em 2020 e 2021 pela Wikileaks.

Assange enfrenta uma série de acusações por violar a Lei de Espionagem dos EUA e arrisca-se a uma pena de até 175 anos numa prisão de segurança máxima.

“É um ataque à verdade e ao direito do público de ser informado”, afirmou Stella Assange.

O advogado também questionou a legalidade da extradição, que se baseia num tratado bilateral entre os EUA e o Reino Unido, referindo que “é um abuso processual pedir a extradição por um delito político”, um ponto que é explicitamente mencionado no tratado.

Fitzgerald afirmou ainda que, caso o julgamento seja retomado nos tribunais britânicos, irá expor um alegado plano da CIA para assassinar Assange durante os anos em que este esteve escondido na embaixada do Equador em Londres.

“Ele está a ser processado por se envolver numa prática comum no jornalismo de obter e publicar informações confidenciais, informações que são verdadeiras e de interesse público”, justificou.

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SBT Brasil

21/02/2024 às 20h22

A Justiça britânica adiou a decisão do último recurso de Julian Assange para evitar a extradição aos Estados Unidos.

Pelo segundo dia, o australiano deixou de comparecer à audiência alegando motivos de saúde e os juízes da Suprema Corte de Londres não emitiram um parecer, afirmando que precisam de mais tempo para analisar o caso.

Julian Assange está em um presídio de segurança máxima desde 2019, acusado de espionagem pelos Estados Unidos. Se extraditado, pode pegar até 175 anos de prisão.

Ele é fundador do site WikiLeaks, onde foram divulgados milhares de documentos secretos, entre eles, alguns referentes a abusos cometidos pelo exército americano no Oriente Médio. A defesa do australiano afirma que Assange expôs crimes e denuncia uma suposta perseguição.

Os advogados tentam recorrer a uma lei britânica que impede a extradição por motivos políticos. Como todos os recursos na Justiça britânica estão esgotados, se a Suprema Corte negar o pedido, Assange pode ser enviado aos Estados Unidos poucos dias após a decisão. A última opção da defesa seria recorrer a uma medida de emergência do Tribunal Europeu de Direitos Humanos, que tem sede na França.

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As Loucuras da União Europeia

Avatar do autor Jota.Coelho, 01.02.24

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Guerra à agricultura global:
A insustentável agenda “sustentável” das Nações Unidas para 2030

Por: William Engdahl, Consultor e professor de risco estratégico

      Nos últimos tempos, ampliaram os ataques coordenados à nossa agricultura – a capacidade de produzir alimentos para a existência humana. A recente reunião governamental do G20 em Bali, a reunião da Agenda 2030 Cop27 da ONU no Egito, o Fórum Económico Mundial de Davos e Bill Gates são todos cúmplices. Tipicamente, estão a utilizar um enquadramento linguístico distópico para dar a ilusão de que estão a fazer o bem quando estão de facto a avançar com uma agenda que levará à fome e à morte de centenas de milhões, se não milhares de milhões, se lhes for permitido prosseguir. Isto é impulsionado por uma coligação dos poderosos do dinheiro.

A insustentabilidade da agricultura sustentável

O facto de a FAO da ONU estar prestes a divulgar um roteiro para reduzir drasticamente os chamados gases com efeito de estufa da agricultura global, sob a falsa alegação de "agricultura sustentável" que está a ser conduzida pelos maiores gestores de riqueza do mundo, incluindo BlackRock, JP Morgan, AXA e outros, diz muito sobre a verdadeira agenda. Estas são algumas das instituições financeiras mais corruptas do planeta. Nunca põem um centavo onde não lhes sejam garantidos lucros enormes. A guerra à agricultura é o seu próximo alvo.

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A guerra está apenas a começar

A ONU e o WEF de Davos juntaram-se em 2019 para fazer avançar conjuntamente a Agenda 2030 do SDG da ONU. No sítio web do WEF é abertamente admitido que isto significa livrar-se de fontes de proteínas de carne, introduzir a promoção de carne falsa não comprovada, defender proteínas alternativas, tais como formigas salgadas ou grilos moídos ou minhocas para substituir galinha ou carne de vaca ou carneiro. Na COP27, a discussão foi sobre "dietas que podem permanecer dentro das fronteiras planetárias, incluindo a redução do consumo de carne, o desenvolvimento de alternativas e o incentivo à mudança para mais plantas, culturas e grãos nativos (reduzindo portanto a atual dependência do trigo, milho, arroz, batatas)".

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Na Alemanha, a Associação Alemã da Indústria de Carne (VDF), diz que dentro dos próximos quatro a seis meses a Alemanha enfrentará uma escassez de carne e os preços irão disparar. Hubert Kelliger, um membro da direção da VDF disse: "Dentro de quatro, cinco, seis meses teremos lacunas nas prateleiras". Espera-se que a carne de porco venha a sofrer a pior escassez. Os problemas no fornecimento de carne devem-se ao facto de Berlim insistir em reduzir o número de cabeças de gado em 50% para reduzir as emissões de aquecimento global. No Canadá, o governo de Trudeau, outro produto do WEF de Davos, segundo o Financial Post de 27 de Julho, planeia reduzir as emissões de fertilizantes em 30% até 2030, como parte de um plano para chegar ao zero líquido nas próximas três décadas. Mas os produtores dizem que para o conseguir, podem ter de reduzir significativamente a produção de cereais.

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O Big Money por trás

Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), em declarações à Reuters durante a COP27, dentro de um ano a FAO lançará um plano de "perfeito" para a redução dos chamados gases com efeito de estufa provenientes da agricultura.

O impulso para esta guerra contra a agricultura não é surpreendente, pois a Iniciativa FAIRR, uma coligação de gestores de investimentos internacionais com sede no Reino Unido, que se centra nos "riscos e oportunidades materiais dos ESG causados pela produção intensiva de gado". Os seus membros incluem os atores mais influentes nas finanças globais, incluindo BlackRock, JP Morgan Asset Management, Allianz AG da Alemanha, Swiss Re, HSBC Bank, Fidelity Investments, Edmond de Rothschild Asset Management, Credit Suisse, Rockefeller Asset Management, UBS Bank e numerosos outros bancos e fundos de pensões com ativos totais sob sua gestão de 25 milhões de milhões de dólares. Estão agora a desencadear a guerra à agricultura, tal como o fizeram em relação à energia. O Diretor Adjunto da FAO da ONU para as políticas de Alterações Climáticas, Zitouni Ould-Dada, afirmou durante a COP27 que, "Nunca houve tanta atenção à alimentação e à agricultura em nenhum momento antes. Este COP é definitivamente único".

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Combine tudo isto com a catastrófica decisão política da UE de proibir o gás natural russo utilizado para fazer fertilizantes à base de nitrogénio, forçando ao encerramento fábricas de fertilizantes em toda a UE, o que causará uma redução global no rendimento das colheitas, e também a falsa onda da gripe das aves que está a ordenar falsamente aos agricultores em toda a América do Norte e na UE que matem dezenas de milhões de galinhas e perus para citar apenas mais alguns casos, e torna-se claro que o nosso mundo enfrenta uma crise alimentar sem precedentes. Tudo pela mudança climática?

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Comentadores televisivos ou Orixás - Futuro

Avatar do autor Jota.Coelho, 11.01.24

Comentadores - Orixás, em quem acreditar?

    O mundo precisa de certezas e mais verdade para prosseguir o seu percurso a bem da humanidade. Mas já não é surpresa para ninguém que a verdade foi encarcerada pelos grandes monopolistas da informação pública universal. O que vemos e ouvimos na comunicação, dita social, não é mais do que a propaganda da voz do dono, onde os palradores, além de subverterem a própria realidade, são capazes de camuflarem os personagens para mais facilmente enganarem os distraídos cidadãos.

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    Perante tão difuso instrumento de alienação mental, resolvi consultar os Orixás e entender as suas místicas previsões para o futuro próximo.

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   Mas, o que me transmitiram não é agradável e pode ser assustador: o mundo continuará em contramão, conforme as agendas dos mandantes dos poderes ocultos e a turbulência só abrandará quando forem eliminadas as pessoas sem “valor de mercado” para uma drástica redução da população do planeta Terra. Para tal fim, as máquinas de guerra continuarão a enriquecer os detentores das indústrias armamentistas; as redes do tráfego humano e dos refugiados embarcados a granel continuarão a sua sinistra matança; os detentores das fraudulentas fortunas continuarão a acumular riqueza, ao arrepio do aumento da pobreza. As mentes diabolizadas pelos Bilderbergs continuarão a infernizar a vida na terra, eliminando os valores básicos da vida humana, adulterando a identidade, a personalidade, a liberdade dos cidadãos, com vista a transformá-los em lixo humano - domados e escravizados.

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1 – O Suicídio da União Europeia

    A União Europeia corre o risco de se transformar numa manta de retalhos sem valores humanitários e sem valores sociais e culturais. As decisões dos governantes, desprezando os princípios básicos da humanidade, estão a comprometer e a hipotecar o futuro dos milhões de cidadãos que vivem sob as bandeiras flutuantes que desbotam com os ares alienantes de Bruxelas.

    Com os desmiolados suicidas geridos por Ursula Von der Layen, a Europa está na total dependência dos cowboys americanos, que alimentam a NATO como força de ocupação e saque dos países com matérias-primas valiosas. Não admira tal princípio de ladroagem, quando sabemos que a história refere atrocidades, matanças, roubo de terras e aprisionamento dos índios americanos, subjugados pelos descendentes dos fundadores da primeira colónia inglesa em terras americanas, no ano de 1620. Reza a história que o navio Mayflower transportou mais de uma centena de refugiados irlandeses para a América, os quais colonizaram, definiram limites das terras, implementaram ideologias religiosas e paternalistas entre famílias, usando a força e as armas para imporem as suas leis.

    Perante a prevista derrocada da Ucrânia, onde a União Europeia e os Estados Unidos da América despejaram muitos milhares de milhões de euros para a fogueira da guerra, desprotegendo os seus cidadãos, teremos uma EU mais pobre e desarticulada, enquanto os Estados Unidos da América se manterão mais seguros na economia, embora mais fracos perante os desafios da nova ordem mundial equacionada pelo grupo dos BRICS em crescimento económico e geopolítico.

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2 – A derrocada Ucraniana

      O desprezo pela história e raízes culturais de um povo podem levar à destruição duma Nação e empobrecimento das suas populações. A ruptura das convenções e tratados de convivência pacífica causam turbulência e guerras cujas carnificinas são o corolário das apetências dos poderosos em controlarem a humanidade e martirizar os povos vítimas dos seus carrascos. Nenhuma guerra faz sentido, sendo os seus fins catastróficos para as populações atingidas.

    Esta guerra está a testar e a consumir os mais sofisticados equipamentos de guerra moderna (guerra electrónica das defesas aéreas, tanques de combate, aviões, drones, mísseis, etc). Perante os últimos desenvolvimentos da guerra na Ucrânia, prevemos a derrocada duma nação com história secular, cujos limites se confundem na mística ancestral dos povos cossacos, oriundos das estepes russas. As tentativas de nações poderosas para dominarem o mundo, através de alianças de domínio geopolítico, nem sempre são aceites pelos povos, ou vão contra os interesses de nações que sentem a sua segurança em perigo. Naturalmente, conduzem a diferendos territoriais e guerras intermináveis e absurdas. E a Ucrânia está em risco de sofrer uma derrocada territorial resultante da previsível derrota militar. 

    Completamente dependente das ajudas dos Estados Unidos da América e da Europa, ao abrigo das convenções da NATO, o exército ucraniano está perdendo o fôlego, a mortandade é enorme, os equipamentos militares vão sendo destruídos pelos poderosos ataques da aviação e dos modernos equipamentos de combate russos. A dificuldade de mobilização de novos efectivos é cada vez mais visível, o fim mostra-se cada vez mais dramático e os comandantes militares já perceberam que os equipamentos da NATO são um fiasco, que não protegem o suficiente, perante o poderio bélico da Rússia.

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Então, vamos tentar entender os Orixás…

1 – O Suicídio da União Europeia

    Com duas guerras sem fim à vista, vários países com problemas internos graves, políticas de crescimento dependentes do exterior, muitos recursos desperdiçados ou consumidos nos apoios belicistas, a União Europeia depara-se com graves distorções na economia e dificuldades na vida dos cidadãos.

    Os governantes da EU dão mostras de incapacidade para enfrentarem as crises, são demasiado egocêntricos e comungam de uma hipocrisia paralisante. A cegueira perante a realidade dos contornos das guerras e o empenhamento desmesurado nos apoios mal geridos, conduzem a população europeia à perda de direitos sociais e cortes na qualidade de vida

    São notáveis os interesses antagónicos numa EU que não consegue acertar o passo nas decisões que afectam toda a comunidade, o futuro do desenvolvimento será uma miragem e a população sofrerá sério revés nas suas condições de vida. 

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1.1 - Recessão na Alemanha 2023:

Euronews - 03 jan. 2024

    A Alemanha é o país da União Europeia com mais dificuldades na economia. A crise energética, depois dos cortes de gás russo, que obrigaram à compra de gás dos Estados Unidos da América (três vezes mais caro), resultou no fecho de grandes empresas metalúrgicas e metalomecânicas (consumidoras de gás), com o consequente aumento do custo de vida e do desemprego.

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  Assim, a Alemanha fechou dezembro de 2023 com um total de 2.637.000 desempregados, mais 183 mil que no mesmo mês de 2022.

Em cadeia, em dezembro houve mais 31 mil desempregados do que em novembro.

   Entretanto, o número de ucranianos desempregados aumentou para 197.000 em dezembro, mais 1.000 do que no mês anterior.

   Em situação de subemprego, que inclui o desemprego, bem como a política do mercado de trabalho e a incapacidade de curto prazo para o trabalho, estão no total 3.484.000 pessoas.

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    "Primeiro, a indústria alemã estava altamente dependente das importações de energia da Rússia, especialmente do gás. Outras regiões não tinham esse problema, certamente não os EUA, mas também o Reino Unido ou Espanha. Praticamente não tinham gás russo. Nós tivemos de substituí-lo com preços mais altos. Essa é a consequência da perda de gás russo”, explicou Robert Habeck, ministro da Economia da Alemanha.alemanha.jpg

1.2 – A França em dificuldades:

    Embora com menores efeitos negativos devido aos custos do gás, a França enfrenta dificuldades económicas visíveis no custo de vida e na inflação; o que tem causado distúrbios e intensas lutas de ruas, com destruição de bens públicos e privados.

   Taxa de desemprego 2023: 7,4% ; Desemprego Homens, 7,5% ; Desemprego Mulheres, 7,3% ; Desemprego há menos de 25 anos, 16,5%.

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1.3 - Das urnas às ruas, os testes à União

Teresa Nogueira Pinto – 1 de Dezembro de 2023

   Uma sucessão de acontecimentos veio expor divisões entre Estados-membros da União Europeia, num momento de reconfiguração política e em que se multiplicam desafios geopolíticos, económicos e sociais. A Europa a várias velocidades parece hoje uma frase gasta, e a realidade poderá ser a de uma Europa mais fragmentada. Como os acontecimentos desta semana sugerem, a meses das eleições para o Parlamento Europeu, os desafios precipitam-se nas instituições, nas urnas e nas ruas, da Finlândia a Espanha, da Alemanha a França, passando pelos Países Baixos. 

Desalinhados  

O conflito entre Israel e o Hamas veio expor divergências numa UE que tenta falar a uma só voz. Numa conferência de imprensa em Rafah, o Chefe do Governo espanhol condenou a “matança indiscriminada de civis inocentes” e afirmou que Espanha (que preside, neste momento, ao Conselho da UE) estaria aberta a reconhecer unilateralmente o Estado da Palestina, mesmo que a União Europeia não o fizesse. O primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, afirmou que “Não podemos aceitar que uma sociedade seja destruída como Gaza está a ser destruída”.

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‘Pesadelo’ holandês 

A vitória do já veterano Geert Wilders, conhecido pelas suas posições eurocéticas, anti-imigração e anti Islão, é mais uma dor de cabeça para Bruxelas. Pouco tempo depois de vencer as eleições, Geert Wilders entrava em colisão com a Autoridade Palestiniana, a Liga Árabe e a UE, declarando que a solução para o conflito entre Israel e o Hamas seria a deslocação dos palestinianos para a Jordânia. 

Entretanto, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Órban, reagia aos resultados das eleições holandesas com uma publicação na plataforma X: «Os ventos da mudança estão a chegar». E, de facto, a vitória de Wilders reforça os receios de Bruxelas de que os ‘ventos de mudança’ soprem noutras paragens.

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Prenúncio alemão

O Governo liderado por Olaf Scholz tem vindo a perder popularidade, enquanto tenta fazer face a várias crises que acentuam divergências no seio de uma coligação cujos membros, sociais-democratas, verdes e liberais, foram duramente castigados nas eleições regionais.  Nas sondagens, a CDU lidera, seguida pela AfD, que teria melhor resultado que qualquer um dos partidos que integram a coligação.

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Ruas e fronteiras  

Por toda a Europa, clivagens e tensões têm-se deslocado das instituições para a rua. Uma rua que, ao contrário de outras, grita a várias vozes.

Na Irlanda, o coração de Dublin foi tomado por protestos, espontâneos e violentos, depois de um homem de naturalidade argelina esfaquear três crianças e uma mulher junto a uma escola. Os manifestantes adotaram o slogan ‘Irish lives matter’ e queixaram-se de que o Governo não os ouve. Alguns atacaram a Polícia e jornalistas e saquearam lojas. 

Um aumento do número de chegadas de migrantes e refugiados levou a Finlândia a fechar todas as suas fronteiras com a Rússia, com exceção de Raja-Jooseppi. Helsínquia acusa Moscovo de instrumentalizar a imigração como forma de retaliação pela entrada da Finlândia na NATO. Mas a reintrodução de controlos de fronteiras estende-se também dentro do espaço Schengen, onde cerca de 13 dos 27 Estados-membros recorreram à medida para conter fluxos de imigração ilegal. Face ao aumento da pressão na rota dos Balcãs, os ministros do Interior da Alemanha, Áustria, Eslováquia, Hungria, Polónia e República Checa reuniram-se para debater uma estratégia comum. 

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Contradições numa Europa polarizada

De fora e de dentro, somam-se os desafios à União Europeia. Os acontecimentos em Espanha testarão as instituições europeias, que deverão pronunciar-se sobre se lesam ou não o Estado de Direito, concretamente o princípio da separação dos poderes.

1.4 - Posição de Orbán sobre "mistura de raças" é contra valores da UE diz Von der Leyen

A Hungria de Orbán já estava na mira de Bruxelas devido a uma recente lei anti-LGBT e por deficiências antigas no Estado de Direito

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, advertiu este sábado que a “discriminação racial” é contra os valores da UE, respondendo a uma pergunta sobre os comentários do primeiro-ministro Viktor Orbán contra a “mistura de raças”.

“A União Europeia é fundada na igualdade, tolerância, equidade e justiça”, acrescentou a líder europeia.

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Num discurso realizado a 23 de julho deste ano, Viktor Orbán rejeitou a visão de uma sociedade “multiétnica”. “Não queremos ser mestiços ao misturarmo-nos com não-europeus”.

1.5 - Von der Leyen elogia povo ucraniano ao lembrar vítimas de regimes autoritários

A descendente dos proto-nazis alemães, Ursula Von der Leyen diz que "Putin trouxe os horrores da guerra de volta à Europa", elogia a coragem do povo ucraniano e agradece à Ucrânia por proteger os valores sobre os quais a UE está assente. Mas esquece que o regime ucraniano assenta na ideologia e organização nazis, ordena e destrói a cultura e as raízes russas, bases da sua origem, persegue e mata as populações russófonas nascidas e residentes na Ucrânia. 

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STEPHANIE LECOCQ/EPA

A 23 de agosto, honramos a memória das vítimas de regimes totalitários e autoritários, na Europa e fora dela. Hoje, no 83º aniversário da assinatura do Pacto Molotov-Ribbentrop — entre as então Alemanha nazi e União Soviética —, esta data reveste-se de um significado especial”, começa por referir Von der Leyen na mensagem divulgada pelo executivo comunitário.

Se Putin, Zelensky e Ursula von der Leyen celebraram a data em que a Europa pôde acreditar no futuro, cada um fê-lo com a tentativa de afastar o outro desse legado. Esquecendo que foi o Exército russo quem derrotou as tropas alemãs e tomou o covil de Hitler e seus generais no Reichstag de Berlim. Foi esse feito histórico, em defesa de toda a Europa, que pôs fim à guerra trágica para toda a Europa, com destaque para o povo russo, com mais de vinte milhões de mortos no seu território; essa Europa onde os ingratos governantes tentam ignorar tal desfecho e protegem regimes tendencialmente nazis-fascistas.

A 8 de Maio de 1945, a II Guerra chegava ao fim e a Europa despertava da sua mais dramática noite de violência e horror, com a derrota da Alemanha nazi. Passaram-se quase 80 anos, mas o significado do dia da vitória na Grande Guerra Patriótica que os russos celebram ou o Dia da Europa que a União Europeia comemora está hoje reduzido ao acto de capitulação nazi. Nada tem que ver com o que se passou, entretanto, com o que se seguiu e ainda menos com o que acontece agora na Ucrânia, onde a Europa cumpre o seu destino: o continente de Luzes é também um continente selvagem.

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1.6 - História da América expansionista:

Refugiados Irlandeses criaram a primeira Colónia na América. No dia 11 de novembro de 1620 aqueles passageiros do navio subscreveram um pequeno documento, que ficou conhecido como “pacto”, logo após terem alcançado o continente americano. Desde aquela data, o florescimento da América teve sempre como princípio a aproximação sorrateira, o reconhecimento e o uso da força para assaltar e roubar outros povos, quase sempre sob a pressão das armas cada vez mais sofisticadas. As mentes dos poderosos, com os meios belicistas bem testados e afinados na Guerra Civil Americana que opôs os sulistas contra os federados, entre 1861 a 1865, expandiram-se por todo o mundo onde implementaram guerras e terror para roubarem.

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2 – Mais Rússia e menos Ucrânia

O analista de inteligência/aposentado da CIA e ex-funcionário do Departamento de Estado Larry Johnson comparou a Ucrânia ao Titanic, no pormenor das próprias autoridades ucranianas estarem já a tentarem, desesperadas, escapar do país para evitar a morte certa na frente da campanha militar do regime de Zelensky contra a Rússia.

"O facto do The New York Times estar agora a reportar isto mostra o quanto a situação é já terminal.

Eles já perceberam que esta festa acabou", disse Johnson ao apresentador do Redacted, Clayton Morris, no sábado (30), referindo-se a uma exposição franca do jornal, caracterizando os recrutadores da Ucrânia como "ladrões de pessoas" e detalhando as suas práticas duras, corruptas e ilegais, desde o confisco de passaportes de homens com idade para o combater (dos 18 aos 67 anos) até o recrutamento forçado de pessoas com deficiência mental e outras.

"Isso faz parte de outra história que saiu na semana passada sobre membros da Rada, Parlamento, que estão já a fugir da Ucrânia.

"É um facto que os deputados ucranianos, com esta atitude, reconhecem que o fim está próximo, e é por isso que estão a tentar sair.

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Faz lembrar o Titanic, e algumas cenas do filme 'Titanic', nas quais se vêem os passageiros a mover-se numa direção e os ratos a moverem-se na direção oposta.

É isso que está acontecendo na Ucrânia neste momento. Os ratos estão a fugir em direção aos botes salva-vidas."

O gabinete do presidente ucraniano foi forçado a tomar medidas no início deste ano para impedir que funcionários e deputados fizessem "viagens de negócios" ao exterior, após uma série de escândalos envolvendo férias em resorts de luxo, enquanto os ucranianos comuns estão atolados no conflito e tentam sobreviver.

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No início deste ano, o ex-presidente ucraniano Pyotr Poroshenko queixou-se de que ele também tinha sido impedido de deixar o país para realizar "trabalhos diplomáticos" importantes, e classificou a decisão de o impedirem como sendo "um desvio anti ucraniano" que serviria como um "golpe contra as capacidades de defesa da Ucrânia".

Na semana passada, a liderança militar da Ucrânia propôs a mobilização de mais 450.000-500.000 pessoas, dos 18 aos 68 anos, uma tarefa que alguns observadores dos EUA disseram que se pode revelar impossível, uma vez que o país já esgotou (morreram ou estão inválidos) os homens em idade de lutar.

Além disso, "muitas dessas pessoas não têm experiência militar".

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Apontando para a recente admissão, mesmo pelo notório chefe da inteligência militar da Ucrânia, Kirill Budanov, de que a atual estratégia de mobilização está fadada ao fracasso, Johnson sugeriu que "isto permite-nos saber que esta coisa da guerra bateu no fundo, e não deve arrastar-se por dois ou três anos, como alguns previram.

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O fim está próximo.

Acho que eles terão sorte se chegarem ao verão. Porque há muita agitação política e intriga a acontecer.

Como por exemplo, temos o próprio Comandante-em-Chefe das Forças Armadas ucranianas, Valery] Zaluzhny, a dizer que ' o meu escritório estava sob escuta'.

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